quinta-feira, 28 de abril de 2011

Conheça nosso aluno

Por Projeto Comunica (Laranjeiras do Sul)

Taize Anne Alflen
Nesta semana, a aluna é Taize Anne Alflen, que veio de Seara-SC, para cursar Engenharia de Alimentos, no Campus Laranjeiras do Sul. “Engenharia de Alimentos é um curso muito interessante e optei por ele por já ter uma base de conhecimentos na área de alimentos. O curso oferece boas oportunidades para a vida profissional, tanto na indústria alimentícia como na área acadêmica. Estudar na UFFS tem sido uma experiência enriquecedora.”
UFFS faz parceria com Feira de Aquicultura

Por Janne Karlla Torres Silva (Agronomia/Laranjeiras do Sul)

Alunas de Engenharia de Aquicultura em entrevista a jornal local
Em toda Semana Santa, ocorre, em Laranjeiras do Sul, uma feira de aquicultura na Praça do Centenário, promovida pela Secretaria de Agricultura e pela Prefeitura Municipal. A UFFS, este ano, participou do evento, com o intuito de fortalecer o conhecimento dos alunos de Engenharia de Aquicultura e também tentar incentivar o consumo de peixe da população da cidade.

Neste ano, a Universidade optou por não interferir no funcionamento da feira, mas apenas colaborar e aplicou questionários aos aquicultores e aos consumidores, buscando identificar as potencialidades e as fragilidades da feira. Investigou desde a quantidade de peixe que a população consome, em média, até as espécies que mais aprecia comer.

Os alunos da 1º fase do curso de Engenharia de Aquicultura e os do grupo do Programa de Educação Tutorial (Pet) participaram da organização do evento e ajudaram na coleta dos peixes, nos açude,s e no transporte deles até o local. Um fato interessante da feira é que os peixes são vendidos ainda vivos.


Mais um passo importante do Comunica na Escola em Laranjeiras do Sul

Por Marcio José de Lima (Comunica/Laranjeiras do Sul)
Ao centro, de mãos dadas, professora Marcela Langa e o diretor Antônio Celso da Costa.
No dia 07 de abril, o Projeto de Extensão “Comunica na Escola”, coordenado pela Professora Ms. Marcela Langa, do Campus Laranjeiras do Sul, deu mais um passo importante. Foi realizada a primeira reunião com professores de diversas disciplinas do Colégio Estadual José Marcondes Sobrinho, fortalecendo, desta forma, seu caráter multidisciplinar.

O Projeto tem como objetivo primordial a produção textual que surgirá da pesquisa de temas propostos pelos professores de todas as matérias escolares. Em seguida, os professores que orientaram o tema corrigirão as produções, afim de detectar possíveis equívocos, e só depois desta primeira revisão os textos serão encaminhados aos coordenadores do programa na escola, professores de língua portuguesa. Nessa última fase, os professores de português fazem a correção com toda a equipe.

Esse projeto, aprovado em fevereiro de 2011, pelo edital EDITAL Nº 01/PROEC/UFFS/2010, já contou com reuniões preliminares de planejamento de atividades com os membros do projeto, além de treinamento de funcionários da escola e dos comunicantes da UFFS, para produção do Blog da escola.

Para seleção dos alunos da escola que integrarão o projeto, ocorrerá uma olimpíada de produção textual, com o tema Qual a minha responsabilidade para adquirir uma educação escolar de qualidade?

Diante da aceitação e entusiasmo dos professores em relação ao projeto, espera-se que o resultado obtido seja o de despertar nos alunos o hábito da produção textual, obtido pela leitura e pesquisa, assim melhorando o aproveitamento escolar e a consequente evolução do aluno enquanto agente consciente de transformação social.


Também o Núcleo Regional de Educação tem divulgado o projeto e espera que ele seja aplicado em mais escolas do município de Laranjeiras. Confira, abaixo, notícia produzida pelo Núcleo.

UFFS de Laranjeiras do Sul procura estabelecer parcerias com NRE

Hoje dia 20 de abril de 2011 reuniram-se neste Núcleo Regional de Educação (NRE) a chefe Rosane Borges de Oliveira, a Assistente Técnica Maria Accordi, o Diretor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFSS) Paulo Henrique Mayer e a Professora Marcela Langa para firmar uma parceria entre UFFS e NRE, buscando a integração dos alunos das escolas públicas com a Universidade.

O campus local da UFFS comporta 5 cursos de graduação: Agronomia (com ênfase em Agroecologia); Desenvolvimento Rural e Gestão Agroindustrial; Engenharia de Alimentos; Engenharia de Aquicultura e Licenciatura em Educação do Campo. O Professor Paulo Mayer comentou sobre a importância do ENEM para egresso na Universidade. Disse ele: “Devemos incentivar os nossos alunos de escolas públicas para que façam o ENEM, pois é uma forma de egresso na Universidade Federal”. Também falou que a UFFS procura preparar o universitário para o mercado de trabalho, respeitando a sua realidade e oportunizando que conheça outras, e assim faça sua opção. Em 2012 está previsto o início de um Mestrado na área da Educação e Linguística em Chapecó em que há especulações para serem ofertados, também, no Campus de Laranjeiras do Sul.

A professora Marcela expôs um projeto-piloto da Universidade o Comunica na Escola, cujo objetivo é aproximar práticas do ambiente universitário às práticas da educação básica, para fortalecimento das relações sociais e das práticas do uso da escrita nos dois níveis escolares. Alunos do Ensino Médio de escolas públicas do Município de Laranjeiras do Sul integrarão a equipe Comunica UFFS para também registrarem suas atividades. Poderão criar blogs específicos, tendo em vista as especificidades das atividades de cada grupo escolar.

Ao final do encontro a chefe do NRE comentou da importância de estabelecer parcerias como esta e ainda acrescentou: "o NRE de Laranjeiras do Sul está de portas abertas para receber a UFFS e contribuir para o desempenho desse projeto".

CULTURA EM DESENVOLVIMENTO

Por Marília Spingolon (UFFS/Chapecó)

O problema da falta de acesso à cultura e aos meios culturais no Brasil, foi tema de debate na aula de Fundamentos da crítica social com a Professora Franciele Petry, no curso de Letras Português e Espanhol, do campus de Chapecó. O assunto gerou uma polêmica de âmbito nacional, e refere-se à carência do desenvolvimento de uma consciência crítica no indivíduo brasileiro, quanto a elaborar formas que possam enfrentar de maneira competente a situação acima, em nosso país.

Numa nação como a que constitui o Brasil, que converge seus esforços na luta para erradicar o analfabetismo, este processo pode levar certo tempo para ser reconhecido, bem sabemos. E, no entanto, devemos considerar a importância destas manifestações artísticas, como criações que possibilitam caracterizar um grupo de determinada região, respeitando suas peculiaridades.

É preciso considerar também a influência da cultura no indivíduo como forma libertadora das imposições sociais, como um modo de exprimir sentimentos e impressões de um conjunto de pessoas em determinadas épocas, podemos citar como exemplo a música produzida no contexto da ditadura militar no Brasil (1969-1974), na qual permeavam questionamentos quanto à censura e a repressão impostas pelo regime de governo neste período. Os personagens da época utilizaram da forma artística para ludibriar o meio social como forma de manifestação. Estas manifestações são essenciais para formação crítica do sujeito.

Podemos salientar ainda a importância de valorizar os meios culturais. A universidade abre muitas portas que possibilitam este reconhecimento, tomemos como exemplo o curso de história da arte oferecido pelo professor Paulo Monteiro Nunes que ocorrerá segundo semestre deste ano em nossa Universidade. Iniciativas como esta possibilitam a aproximação do indivíduo com a cultura.

Concluímos o debate, conscientes de nosso papel enquanto futuros professores. Dispomos de uma contribuição importante quanto mediadores da cultura, dotados de faculdades intelectuais capazes de reconhecer esta operação como fundamental para a promoção do desenvolvimento do país, incentivando o interesse de nossos futuros alunos, por ouvir, respeitar e valorizar idéias e experiências, reconhecendo a necessidade de manifestá-las.

Precisamos adotar uma postura crítica frente a nossa época e reconhecer em nós mesmos a necessidade de produzir a sensação de realização do indivíduo nas formas da arte, e nas suas mais variadas vertentes, música, teatro, artes plásticas, literatura e demais manifestações artísticas possíveis. O acesso à cultura faz parte dos direitos humanos, e é justo e necessário que participemos da vida cultural de nosso país e que reconheçamos a legitimidade deste processo.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

CURSO DE EXTENSÃO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES, INCLUSÃO DIGITAL

Por Fernando Falkoski (Filosofia/Erechim)

Almejando a qualificação no ensino de professores de Matemática do ensino médio da rede pública estadual da região Alto Uruguai, a UFFS, Campus Erechim, a partir da iniciativa de Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática e Tecnologias – GEPEMATT, abre inscrições com 25 vagas para o Curso de Extensão Formação Continuada de Professores – Caminhos para a Inclusão Digital.

O curso está sob a coordenação da Profª Drª Adriana Richit e conta também com a Profª Ms. Bárbara Cristina Pasa na organização. Segundo a coordenadora, o curso “objetiva qualificar o uso pedagógico das tecnologias de ensino e aprendizagem da matemática com a inclusão Digital que reúne softwares, blogs, websites entre outras tecnologias que vão contribuir com o processo de formação no âmbito escolar e sua abordagem em sala de aula”. Não obstante, a tematização conta com conteúdos matemáticos curriculares do ensino médio; softwares gráficos e de geometria dinâmica, bidimensionais e tridimensionais; políticas de informatização da Educação no Rio Grande do Sul; fundamentos teóricos e metodológicos da utilização de tecnologias em educação.

As atividades se darão em 15 encontros de 4 horas, quinzenalmente, envolvendo seminários, mesas-redondas e palestras com pesquisadores da UFFS, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O local dos encontros será no Campus da UFFS/Erechim, no laboratório de informática, entre maio e novembro de 2011, com datas e horários a serem combinados com o grupo de inscritos. Receberão certificado os participantes que atingirem frequência igual ou superior a 75% da carga horária total do curso.
LANÇAMENTO DO LIVRO: “UNIVERSIDADES E SUAS FRONTEIRAS”

Por Seli Teresinha Leite (UFFS/Erechim)

Na noite de sexta-feira, dia 15, aconteceu, no auditório da UFFS/Erechim, o lançamento do livro Universidades e suas fronteiras. Na oportunidade, os autores fizeram breve explanação dos temas abordados por cada um no livro.

Dirceu Benincá, na contextualização de seu tema, fez uma reflexão sobre os diferentes olhares acerca da universidade, pontuando que, além de autonomia e dinamismo, a universidade não pode esquecer o papel importantíssimo que vários movimentos sociais tiverem na sua construção.

Por sua vez, Thiago Ingrassia, através de pesquisas feitas para sua tese de doutorado, falou sobre políticas públicas de expansão. Para ele, o grande desafio é associar o qualitativo e o quantitativo como direito e não como mercadoria em relação ao conhecimento.

Já, Anacleto Zanella discutiu a necessidade de pensarmos sobre o tipo de desenvolvimento que queremos. Segundo ele, universidade e sociedade caminham juntas e, por isso, a educação deve ser construída pela população. Ademais, diante dos avanços e da globalização, não podemos abrir mão de discutirmos o que queremos para que não corramos o risco de ficarmos estagnados no tempo. Apontou também a necessidade do rompimento de barreiras e união dos saberes populares e saberes acadêmicos sistematizando a educação básica e a universidade.

Em sua fala, Luis Fernando Correa fez breve explanação sobre a UFFS e a política curricular. Fez, também, algumas reflexões sobre a prática docente e a implantação das disciplinas do domínio comum, que aparecem como intermediárias em todos os cursos. Para ele, as disciplinas do domínio comum foram elencadas pensando justamente em uma universidade pública e popular.

Para Roberto Rafael Dias da Silva, o grande desafio da universidade hoje é com a formação de professores e com a produtividade e construção de conhecimento na fronteira específica em que a universidade está inserida. Ele fez reflexões sobre a experiência da nossa UFFS e, também, sobre a formação de professores no Brasil, analisando o mapeamento dos estudos contemporâneos sobre docência e a crítica política da universidade.

Por fim, Rodrigo Manuel Dias da Silva falou dos desafios por uma política cultural na universidade. Para tanto, ele fez uma retrospectiva da implantação das instituições de ensino superior até nossos dias, unindo a multiplicidade de saberes acadêmicos e saberes eruditos que se sobrepõem sobre outros, como exemplo: instituições de elite, incompatíveis com os dias atuais. Ele encerrou sua fala enfatizando a necessidade de refletirmos sobre as mudanças na universidade, de acordo com a realidade de cada região e de refletirmos sobre políticas culturais, conhecimentos eruditos e populares nos muitos saberes.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Universitários da UFFS/Realeza participam da I Mostra de Iniciação Acadêmica

                                                                                                                               Sara Marciniak
 “Este projeto me fez ver que o que realmente quero
 é Biologia”, Maiara Fantinelli, durante a Mostra

Por: Will Cândido (Ciências/Realeza)

Foi realizada no sábado, 16 de Abril, a I Mostra de Iniciação Acadêmica da UFFS/Realeza. Ex-bolsistas, professores, técnicos e a comunidade acadêmica em geral participaram do evento. Foram expostos banners dos projetos de iniciação desenvolvidos ao longo do segundo semestre de 2010.

Os acadêmicos que eram bolsistas desses projetos realizaram a apresentação oral dos mesmos e responderam a perguntas feitas pelo público ali presente. Os projetos estavam relacionados aos quatro cursos que constituem o campus, a saber, Letras, Nutrição, Veterinária e Ciências.

Nos projetos do curso de Letras, foram expostas as diversas maneiras de se escreverem diferentes tipos de textos. O Projeto Comunica tem como objetivo “estimular a leitura e a produção de diferentes gêneros textuais”, enfatiza a acadêmica Patrícia dos Santos sobre o projeto do qual era bolsista.

As experiências obtidas pelos acadêmicos do curso de Nutrição serão indiscutivelmente úteis para a sua formação futura. Nos projetos, foram buscadas soluções para problemas com relação à higiene de cantinas e padarias, tendo sido formulado, através disso, um manual de boas práticas. Em algumas pequenas cooperativas de produtores de bolachas, “fizemos fichas técnicas para a padronização, melhorando, assim, a qualidade dos produtos oferecidos”, conta ao Comunica Sarajane Marciniak.
Os acadêmicos do curso de Medicina Veterinária realizaram projetos sobre as doenças bovinas: brucelose, mastite e tuberculose. Eles procuraram casos das doenças no interior de Realeza. Cada um dos bolsistas expôs os sintomas, vacinas e o que fazer caso a criação adquira uma dessas doenças. “Fomos muito bem recebidos nas comunidades e residências onde estivemos. Os produtores rurais demonstravam uma excelente expectativa em relação à Universidade Federal da Fronteira Sul aqui em Realeza”, responde Doglas Lunardi a uma pergunta feita durante a apresentação.

Os projetos do curso de Ciências estavam ligados às áreas de Física e Biologia. No projeto de Física, foram buscados métodos para melhorar o desempenho dos alunos nesta disciplina. Já no projeto de Biologia, pesquisaram em escolas, tanto urbanas quanto rurais, como estava sendo vista a questão do meio-ambiente, e se estava sendo praticada com os alunos a educação ambiental. Ao fim do projeto, foi constatado que a educação ambiental era muito mais efetuada nas escolas do meio rural do que nas do meio urbano.

Deu samba!

A história, a cultura e a poesia, que fazem morada nas letras da MPB,
são temas de curso promovido por professor da UFFS

Por Patrícia dos Santos (Letras/Realeza)

No dia 16 de abril, a Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza foi o ponto de encontro para uma tarde cultural. Alunos da graduação e comunidade participaram da primeira oficina do curso “História, cultura e poesia através das letras da Música Popular Brasileira”, que é coordenado (e ministrado) pelo Prof. Dr. Sérgio Roberto Massagli.

Sob os olhares curiosos do jovem público, Sérgio iniciou sua fala explanando a linha evolutiva da MPB nos séculos XIX e XX, e também sobre a estreita relação existente entre música e poesia. Mas o tema principal da oficina era o samba que, segundo ele, “foi gerado na Bahia e nascido no Rio de Janeiro”.

O tema rendeu muita conversa. Durante a aula os alunos visualizaram a história do gênero, desde a primeira gravação no Brasil, os estilos que o influenciaram (segundo Mário de Andrade), os principais sambistas, as transformações e a influência europeia (no caso a Bossa Nova que, ao unir o jazz e o samba na década de 50, ganhou repercussão internacional). Além disso, foi discutida a relação entre o samba e a malandragem durante a Era Vargas, os malandros na literatura e a politização destes durante o Estado Novo.

A oficina contou com a participação de dois alunos colaboradores no projeto. O bolsista Ivan Lucas Faust, acadêmico da terceira fase do Curso de Letras, fez uma mostra do duelo entre Noel Rosa e Wilson Batista, que teve início em 1933 e rendeu diversas canções para a história da música no Brasil. O aluno comentou a importância que o projeto está tendo na sua formação: “Aprendo muito sobre a história da nossa música, o projeto está ampliando meu conhecimento. A gente passa a entender melhor como a música foi utilizada na história do Brasil para demonstrar características do povo, expressar opiniões e impor regras de conduta”.

A acadêmica da primeira fase do Curso de Letras, Eline Barbosa, voluntária no projeto, apresentou um vídeo que falava sobre o Samba Exaltação e a construção da identidade nacional. Eline falou ao Comunica que se interessou pela iniciativa assim que soube de sua existência. Além disso, comentou a participação do público: “Compareceram pessoas de Realeza e de municípios vizinhos, o que me deixou contente. Ouvi muitos comentários dizendo ‘pena que é só uma vez por mês’”.


Prof. Sérgio Massagli tratou de diversos temas
relacionados à história do samba no Brasil.

Em conversa com o Comunica, o professor Sérgio Massagli, comentou sua abordagem à representatividade da nossa música no exterior, nas figuras de Carmem Miranda e Ary Barroso, que, “com sua Aquarela do Brasil, tornaram-se estereótipos da nossa identidade. Através de filmes produzidos por Hollywood, como os longas-metragens da Disney, o samba, o carnaval, a mulher brasileira e o Rio de Janeiro, que se constituíram em clichês que ainda hoje nos identificam no exterior”.

Falou também sobre esse primeiro contato com os alunos: “Minhas expectativas em relação a nossa primeira oficina foram atingidas. Tivemos um bom público, com alunos dos diversos cursos da UFFS e também da comunidade”. Ao ser questionado sobre a receptividade do público ao tema abordado, foi positivo: “Pareceu-me que o tema (as relações da MPB com o contexto histórico em que as letras são produzidas), desperta um grande interesse e provoca um olhar diferente no papel que a música desempenha como mediador entre a sociedade, a história, a política...”. Finalizou dando uma prévia de como será a próxima oficina: “Iremos ao momento seguinte, que ficou conhecido como "os anos dourados" - a década de 1950. Tentaremos mostrar nessa oficina como a Bossa Nova representou um salto de qualidade na história da música popular brasileira, e a influência que teve e continua tendo nas gerações seguintes”.

A segunda, das quatro oficinas que compõe o curso, está prevista para o dia 18 de junho. É possível acompanhar os temas trabalhados e obter informações sobre horários e certificação através do blog do projeto: http://www.poesiampb.blogspot.com/ ou pelo e-mail: poesiampb@gmail.com .

Editais do Programa de Bolsas 2011 da UFFS sofrem complicações e geram descontentamentos

Por Charline Barbosa (Ciências/Realeza)

As discussões anteriormente realizadas por todo o grupo da UFFS, Universidade Federal da Fronteira Sul, ocorreram pelas mudanças dos editais que promovem as especificações do Programa de Bolsas que a instituição disponibiliza aos seus acadêmicos. A seleção dos alunos se dá por meio da análise do índice de vulnerabilidade socioeconômica (IVS).

O ano de 2011 iniciou com a troca do representante da reitoria da UFFS, acarretando na entrada de uma nova Diretoria de Assistência Estudantil (DAE). Essa nova direção tem o entendimento de que o aluno, ao ter um desempenho satisfatório, deve ter aprovação em qualquer componente curricular. Isso isentou a possibilidade de alunos bolsistas reprovados em alguma disciplina no 2° semestre de 2010 participarem do Programa de Bolsas.

Com isso, os critérios estabelecidos pelo edital n° 011/UFFS/2011, que permitia a inscrição de alunos com média 6,0 (seis) no conjunto dos componentes curriculares, mediante a apresentação de justificativa assinada pelo docente, foram reavaliados e reorganizados. Esta nova reorganização implicou na criação do edital n° 031/UFFS/2011, composto por novos critérios para avaliação.

O então novo edital trouxe consigo a proibição para alunos bolsistas que não obtiveram média 6,0 (seis) em qualquer componente curricular, não podendo, então, participar da análise do IVS. Isso gerou a exclusão de alunos e o descontentamento destes, assim como o descontentamento de professores e assistentes sociais.

Sendo assim, o diretório acadêmico do campus Realeza, juntamente com outros campi e toda a direção, realizaram pedidos à Diretoria de Assuntos Estudantis, que se encontra no campus-sede em Chapecó, para reavaliação do referido edital. Eles tiveram como propósito beneficiar os excluídos, trazendo o direito para todos, pois acreditam que o desempenho acadêmico vai além de questões envolvidas com notas e que na reprovação podem estar contidos problemas socioeconômicos, pessoais e familiares.

Após a realização do pedido à Diretoria de Assuntos Estudantis, esta achou ser de caráter autônomo e decidiu criar o edital n° 045/UFFS/2011 de maneira não planejada, gerando, assim, problemas a posteriori, como a falta de orientadores para assessoria aos Grupos de Estudos. O Edital n° 045/UFFS/2011, que veio como resposta aos descontentamentos, permite a participação dos estudantes bolsistas do 2° semestre de 2010 que não obtiveram a média estabelecida pela instituição. Ao mesmo tempo, permite, também, a inscrição de outros alunos que simplesmente correspondem às especificações de estarem cursando a 2ª ou 3ª fase do respectivo curso de graduação, terem cadastro ao programa de bolsas 2010 da Diretoria de Assuntos Estudantis (DAE) e cursarem, no mínimo, 12 (doze) créditos semanais. Isso implica na possibilidade de os acadêmicos reprovados em algum componente curricular obterem maiores possibilidades de conseguirem ajuda financeira e, consequentemente, afirmarem sua permanência na Universidade.

Com as definições impostas no Edital n° 045/2011, bolsa de estudos orientados, fica visível a existência de limitações errôneas e excludentes dos editais anteriores, pois o novo edital oferece outra forma de favorecimento aos alunos que não foram excluídos dos editais n° 011 e n° 031 diante dos que sofreram tais limitações.

Houve casos específicos nos deferimentos das bolsas. Um deles foi o da acadêmica Danielle Cristina. No ano de 2010, ela era aluna do curso de Licenciatura em Ciências, passando a cursar Nutrição desde o primeiro semestre de 2011. A estudante, por ter sido bolsista e não ter obtido em 2010 desempenho acadêmico exigido, não teve sua inscrição deferida, em atendimento ao item 2.1 do Edital nº 031 para análise socioeconômica. Com essa restrição, a estudante preocupou-se com as dificuldades de permanecer na Universidade, buscando ajuda junto à assistência estudantil do campus. Os argumentos apresentados pela assistência foram de que, como o edital contemplaria apenas aos alunos da 2ª fase e 3ª fase, ela não poderia, da mesma forma, inscrever-se no programa, já que o edital não foi direcionado aos alunos da 1ª fase. Após a saída do edital n° 045, a aluna inscreveu-se no programa, não obtendo êxito. Ela ainda afirma, “fiquei extremamente preocupada, pois teria que abandonar o curso”.

Por estas duas complicações, fica visível uma contradição. A princípio, a acadêmica não pôde inscrever-se por entrar na especificação de ter sido bolsista e não apresentar desempenho exigido. Em seguida, não conseguiu ser contemplada por estar cursando a 1ª fase do curso de Nutrição.

Em entrevista ao COMUNICA, a Assistente Social do campus Realeza, Aline Scher, explicou falhas detectadas no decorrer deste processo criticando, em especial, o tempo limitado e a falta de profissionais capacitados. Além disso, afirma: “os campi não puderam participar da discussão das mudanças dos editais, porém, contraditoriamente, deviam seguir na íntegra as regras dos mesmos”. Considera problemático também as insuficientes explicações dos editais que, por não os acadêmicos estarem habituados à escrita formal e a termos usados nos editais, ocasionaram dificuldade na compreensão da escrita, gerando entendimentos ambíguos. “A cultura de ler e entender os editais ainda precisa ser construída. Notoriamente, a leitura e o atendimento das minúcias dos editais ainda é feito com bastante dificuldade”, diz a Assistente Social.

Também relatou a falta de valor com o profissional responsável pelas atividades relacionadas à análise socioeconômica, já que este tem a função de promover ao aluno carente a permanência na instituição. Porém, a autonomia dos profissionais é altamente restrita, subjugada pela Planilha que calcula o IVS. “Considero que esta planilha privilegia o econômico em detrimento do social, ou seja, questões bem específicas não são validadas pelo sistema, mesmo que a Assistente Social as perceba devido à sua formação, qualificação e imersão no processo”, relata Aline.

Outra falha que ocorreu em meados do processo foi a impossibilidade do cumprimento da função das Assistentes Sociais, como, por exemplo, não poder, após a entrega dos envelopes lacrados, fazer o requerimento aos alunos dos documentos complementares necessários para finalizar a análise. Esta atividade é de total discernimento da profissional em questão, pela capacidade a ela atribuída. Ao que a Assistente afirma: “não pudemos efetuar nosso trabalho, pois não tínhamos a permissão para juntamente com os alunos, após o resultado, verificar os documentos complementares que foram esquecidos pelos mesmos”. Ela, então, teve que se sujeitar a executar o previsto pelo edital, que estabelecia a desclassificação aos que não entregaram todos os documentos e não se previa momento posterior para a entrega destes.

Enquanto para a Assistente as falhas ocorridas no edital foram desgastantes em função da carga horária exercida além daquela estabelecida e a falta de valor para com o profissional, para muitos alunos, o prejuízo foi ainda maior. Isso é evidenciado no caso da aluna Dalila Kurpel, do curso de Licenciatura em Ciências. O provimento da bolsa lhe foi indeferido por falta da apresentação dos documentos necessários. Dalila conta: “Corri atrás de tudo. Fui também solicitar orientação com a Assistente Social. Faltavam alguns documentos. Consegui, em seguida, o restante, mas já estava em cima do prazo, não dando tempo para revisar com cautela. Fechei o envelope e mandei. Marquei uma entrevista para o dia 14, acabei esquecendo”. Felizmente, ela conseguiu a bolsa de estudos orientados firmando, assim, sua permanência na Universidade.

Em entrevista, a aluna Raquel de Oliveira, também do curso de Licenciatura em Ciências, comentou não ter se preocupado com a questão referente aos editais, pois, por ter sido repetente em um componente curricular, mas por não ter sido bolsista no ano de 2010, pôde participar do processo de análise socioeconômica deste ano. Ela conseguiu bolsa do “Programa de Estudos Orientados”.

Assim como muitos estudantes, Rayanne Ribeiro, do curso de Nutrição, relata não ter se inscrito nas bolsas de iniciação acadêmica, pois perdeu o prazo de entrega dos documentos. Ela ainda comenta que, pela restrição das bolsas destinadas aos projetos de pesquisa e extensão específicos do curso de nutrição, acabou sendo prejudicada.
A forma de cadastro às bolsas mudou em comparação ao ano passado. Neste ano, os alunos interessados no programa primeiro responderam o formulário socioeconômico, podendo marcar entrevista com a assistente social para tirar dúvidas. Em seguida, era feita a análise dos formulários, juntamente com os documentos entregues à Assistente Social. Após a realização dessa análise, foi delimitada a situação que cada aluno se encontra, com base na fórmula:

(IVS = (Renda Familiar - ([GM] + [GS] + [GT]) + Bens patrimoniais ) - Agravantes

Número de pessoas incluídas no grupo familiar

Onde: GM= gasto com moradia; GS= gasto com saúde; GT: gasto com transporte.

Assim, o resultado do IVS é apresentado aos alunos, os quais examinariam em qual programa de bolsas compensaria se inscrever e, então, passar pelo processo de seleção final. Finalmente, ganharia (ou não) a bolsa de iniciação acadêmica ou bolsa permanência e um auxílio, conforme sua necessidade.

Os alunos contemplados com as bolsas de iniciação poderiam, em seguida, escolher um projeto para o qual deverão ter disponibilidade de 20 horas semanais para a realização do projeto escolhido, juntamente com o professor orientador responsável pelo projeto. Vinte e seis projetos foram abertos por professores. Esperava-se um número maior de alunos no programa; por este fato, houve projetos que ficaram sem a participação de alunos. Aproximadamente 110 alunos de 226 inscritos tiveram o pedido indeferido, ou seja, 48% dos alunos.

Ainda em entrevista, Aline Scher afirma que “tudo seria mais flexível se tivessem mais pessoas capacitadas e um processo mais bem elaborado”. Também refere que o assistente social está ali para exercer o trabalho dele.
A partir disso, percebe-se que o processo ainda está bastante falho, principalmente por não cumprir com seu objetivo maior. Ainda assim o aluno também deve buscar ter uma relação mais próxima com o Setor de Assuntos Estudantis, seja antes, durante e/ou depois da avaliação socioeconômica. Desta forma, o processo deveria se adaptar às condições do aluno, assim com o aluno ao processo, como via de mão dupla.

Com tudo isso, fica visível a falha que propicia dispensáveis obstáculos para a permanência dos alunos na Universidade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pedagogia e o mundo da leitura na busca de novas práticas

Andrei Vanin (Filosofia/ Erechim)

Na terça feira, dia 12 de abril de 2011, a turma do terceiro semestre do curso de Pedagogia realizou uma visita ao Centro de Referência de Literatura e Multimeios , no Campus I da Universidade de Passo Fundo - UPF. Foi uma viagem de estudos que já estava prevista no Plano de Ensino da disciplina Ensino de Português: conteúdo e metodologia, ministrada pela Prof.ª Alessandra Avila Martins.

O centro de Referência de Literatura e Multimeios foi inaugurado no ano de 1997, tendo um laboratório, chamado de “Mundo da Leitura”, sob responsabilidade do curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras, em nível de mestrado, da UPF. No centro, desenvolvem-se atividades de ensino, pesquisa e extensão – atividades essenciais para qualquer Universidade – tendo como objetivo “a formação de leitores em ambiente multimidial, atendendo à demanda de um novo leitor, numa perspectiva crítica e cidadã", conforme informações retiradas do folder “Mundo da Leitura”.

Existe uma infraestrutura para a promoção de leitura multimidial, levando o leitor a diferentes suportes e linguagens. Existe também uma “política” voltada para que todos possam conhecer e melhor usufruir deste Centro. É possível agendar horários para visitas, e alguns horários durante a semana são destinados à visita da comunidade em geral. Cabe ressaltar que essa leitura multimidial é composta de atividades vivenciadas por alunos e professores, que envolvem diferentes linguagens (verbal, musical, dramática, entre outras) nos mais diversos suportes (livros, CD-ROM, DVD, fitas de vídeo, etc).

Os acadêmicos da UFFS puderam conhecer tudo isso no dia da visita. Eles participaram de uma prática de leitura sobre ditos populares. Através dessa “dinâmica” foi possível constatar o que aponta o folder do "Mundo da Leitura", que é a necessidade de valorizar as mais diferentes “formas de o homem se expressar, bem como dos diversos suportes em que são veiculados os distintos códigos”. 

Imagem: visita ao "Mundo da Leitura", em Passo Fundo.


O centro é de crucial relevância na medida em que instiga os alunos e professores a sempre reverem suas práticas e, desta forma, trabalhar as mais diversas modalidades de interação no grupo. Segundo uma aluna que participou da visita, o centro ajuda na medida de percebermos que existem várias outras formas de se trabalhar um texto ou qualquer atividade, que produzira uma melhora na expressão e na criatividade das pessoas. 

Outras informações sobre o “Mundo da Leitura” podem ser conferidas no site. Sem sombras de duvida, vale a pena conhecer esse Centro, visto que muitas vezes há dificuldade de elaboração de tarefas que possam satisfazer tanto aluno quanto professor. Inovar e  ser capaz de perceber a importância de novos horizontes e novas formas de interação sempre serão importantes e válidas.

Projeto “Ampliando Conhecimentos em Linguística e Literatura”

Primeiras oficinas aconteceram no
dia 09 de abril e contaram com boa
participação do público

Por Patrícia dos Santos (Letras/Realeza)

A Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza recebeu no sábado, dia 09 de abril, professores do Ensino Básico e graduandos de Letras, tanto da própria Universidade como de outras instituições, para participar das primeiras oficinas promovidas pelo projeto “Ampliando Conhecimentos em Linguística e Literatura”, coordenado pela Profa. Dra. Sabrina Casagrande.

No turno da manhã, os alunos assistiram à primeira parte da oficina “Tratamento da variação linguística em sala de aula", ministrada pelo Prof. Ms. Clóvis Alencar Butzge, que tratou sobre o ensino de línguas. O professor falou ao Comunica sobre esse trabalho: "A oficina 'Tratamento da variação linguística em sala de aula' visa abordar alguns conceitos teóricos da perspectiva variacionista de língua, defendida pela Sociolinguística, e articular tais conceitos ao ensino de língua através da pesquisa sociolinguística e dos gêneros textuais orais e escritos. A aceitação da diversidade linguística, assim como da cultural, é um passo importante para uma escola democrática e inclusiva."

Já no turno da tarde, a própria coordenadora do projeto fez uma explanação sobre Linguística, desde seu surgimento, seu reconhecimento como Ciência até seus mais recentes estudos. A professora Sabrina, em conversa com o Comunica, afirmou que “as oficinas de sábado foram bastante produtivas, em termos de discussão dos assuntos abordados”. Além disso, comentou que a participação dos professores do Ensino Básico trouxe grande contribuição às discussões. Finalizou frisando a importância da participação do público: “Ainda foi muito tímida a participação desses professores. As turmas, em sua maioria, estavam compostas por alunos do curso de Letras. Esperamos que, para as próximas oficinas, tenhamos uma maior participação dos professores e, além disso, convidamos os alunos do curso, que não participaram, que participem, pois avalio ser uma ótima oportunidade de complementar seus estudos”.

O aluno Alceni Lagner, acadêmico da terceira fase do Curso de Letras da UFFS, participou da oficina sobre Linguística e falou sobre a experiência: “Participar da oficina foi gratificante, pois, além de nos proporcionar um deleite na retórica da linguística, ainda nos levou a debates com assuntos que envolviam desde o pensamento estruturalista ao gerativista, sem contar que a presença de professores da rede pública abrilhantou o evento”.

Os próximos encontros ocorrerão no dia 14 de maio. Pela manhã, o professor Clóvis Butzge ministrará a segunda parte da oficina “Tratamento da variação Linguística em sala de aula”, e, pela tarde a professora Sabrina Casagrande dará continuidade à sua fala sobre Linguística.

As inscrições seguem através do e-mail: formacaocomplementar.inscricao@gmail.com, e, mais informações sobre os próximos encontros poderão ser encontradas no blog do projeto: http://formacaocomplementar.blogspot.com/. A participação é gratuita e o aluno receberá um certificado de 8 horas/aula para cada oficina.

Representantes estudantis da UFFS participaram do 59º CONEG

                                                    Jéssica Pauletti /acadêmica UFFS
A plenária final teve integração acadêmica e concluiu
 os trabalhos dos 3 dias de CONEG


Por Jéssica Pauletti (Ciências/Realeza)

Mais de 500 estudantes se reuniram em São Paulo, na Universidade Paulista (UNIP), Campus Paraíso, nos dias 08, 09 e 10 de abril de 2011, para o 59º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da União Nacional dos Estudantes (UNE). A representação dos diretórios acadêmicos (DAs) e diretórios centrais dos estudantes (DCEs) de todo o país estavam concentrados nos debates acerca dos temas de assistência estudantil e melhoria na qualidade do ensino superior, do Plano Nacional de Educação (PNE), além da convocação e início do processo rumo ao Congresso Nacional da UNE (CONUNE).

Programação

A programação iniciou na sexta-feira, dia 08, às 9h30, com a abertura do Seminário Nacional de Assistência Estudantil da UNE. Nessa mesa principal, havia convidados do Ministério da Educação (MEC), Universidade Federal do ABC (UFABC), Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace) e a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Na ocasião, os participantes dialogaram com a plateia sobre o tema: “Qual política de assistência estudantil nós queremos para o Brasil?”

À tarde, continuaram os trabalhos com mesas simultâneas de discussão entre os acadêmicos ainda com o enfoque principal na área assistência estudantil. Nas mesas, foram debatidos temas como da questão acadêmica (xerox, bolsas de pesquisa e extensão etc). Ademais, houve uma mesa que abordou questões de gênero e raciais nas políticas da assistência e, por fim, outra mesa que discutiu as condições de permanência na universidade (restaurante universitário, moradia estudantil e transporte).

No sábado dia 09, as atividades começaram por volta das 9h00 com a realização de 12 grupos de discussão (GDs) que ocorreram ao mesmo tempo. Os temas foram os seguintes: conjuntura política nacional; movimento estudantil e o papel dos DCEs na rede da UNE; PNE: financiamento público da educação no Brasil; PNE: regulamentação do ensino superior privado; PNE: valorização dos profissionais e a luta por qualidade; PNE: pacto nacional pela erradicação do analfabetismo; PNE: democratização do acesso ao ensino superior; PNE: gestão democrática na educação; preparatório para o encontro de mulheres estudantes da UNE; preparatório para o encontro de negros e cotistas da UNE; movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros (LGBT).

À tarde, no auditório da UNIP, concentraram-se todos os estudantes para a realização da Conferência Especial sobre Política Internacional. Quem comandou a mesa foi o convidado Celso Amorim (ex-ministro das Relações Exteriores). Na oportunidade, ele pôde destacar qual a importância de haver uma boa integração com os outros países, pois isso enriquece as bases econômicas, políticas e educacionais do desenvolvimento interno do Brasil.

A programação foi finalizada com a plenária final, no domingo, às 10h00, na qual foi apresentada a “Carta de São Paulo – Convocação do 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes”, a qual elencou a importância desse fórum, pois está em disputa o novo PNE, e portanto essa é a hora das reivindicações serem postas no papel para o governo cumprir. Nessa plenária também foi aprovado o regimento do congresso, bem como a “Carta do I Seminário de Assistência Estudantil da UNE”, a qual aponta as políticas que presisam ser cumpridas para que o estudante possa ter condições de se formar, e por último e, não menos importante a aprovação de inúmeras moções ligadas à vida acadêmica das várias instituições do país.

UFFS no evento

Pela primeira vez a representação dos estudantes do Campus Realeza tive a oportunidade de participar de um conselho tão importante como este, visto que todos os assuntos que envolvam educação estão diretamente ligados aos acadêmicos da UFFS (a representação do campus Laranjeiras também se fez presente no evento). Também foi o momento de conversar com lideranças da UNE para explanar quais são as dificuldades gerais sofridas pelos acadêmicos desse e demais campi, devido a isso, no final da plenária, foi aprovada a “Moção de apoio à efetivação da Universidade Federal da Fronteira Sul através de infraestrutura e contratação de professores e funcionários”, a qual pode ser encontrada na íntegra no site www.une.org.br

Em conversa com o Comunica, o representante do DCE do Campus de Laranjeira do Sul, Cheilon Fabiano Maczewski destacou que está na hora dos acadêmicos da UFFS e seus representantes participarem desses eventos pois há troca de informações, aprendizagem e cultura entre todos os DCEs. O representante Cheilon Maczewski ainda salienta que essa foi a oportunidade de mostrar que a UFFS existe, pois muitos nem sabiam disso, assim UFFS passa a se integrar com as demais instituições públicas e privadas do Brasil, bem como com a UNE e UPE.

O  presidente da UNE, Augusto Chagas, também falou ao Comunica e demostrou satisfação pela realização do 59º CONEG, pois foi a oportunidade das lideranças estudantis discutirem o PNE, levantarem dificuldades que ocorrem em suas instituições. Chagas também chamou atenção para a aprovação do regimento para o 52º CONUNE, que será o próximo grande evento da UNE, a ser realizado entre os dias 13 e 17 de julho de 2011 em Goiânia, quando delegados estudantis de todo o país elegerão a nova diretoria da UNE e suas diretrizes para os próximos 2 anos.

Sobre a participação das novas instituições universitárias em programações da UNE como neste conselho e demais eventos, Augusto Chagas ressaltou que os novos estudantes são sementes plantadas no terreno da UNE e que são essas lideranças que passam a rejuvenescer e fortalecer os trabalhos da UNE, e ainda podem trocar informações e aprenderem mais.

Nutrição é primeira turma da UFFS a ter aulas em laboratórios

                                                                                                 Dainir / FAG
Alunos de Nutrição em aula prática na FAG de Cascavel

Por Charline Barbosa (Ciências/Realeza)

Pela necessidade que se dá na realização de aulas práticas em laboratórios, a turma da 3° fase de Nutrição da UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul - através de uma parceria com a FAG - Faculdade Assis Gurgacz - de Cascavel, pôde realizar aulas práticas, ministradas pelas professoras Ms. Cassiani Pedroso e Dra. Susana Schleemper nas disciplinas de ‘Bases da Técnica Dietética e Culinária' e 'Anatomia', respectivamente.

Vale salientar que as viagens aos laboratórios estão se desenvolvendo pelo fato de a Profa. Dra. Rozane Bleil ter se disponibilizado para tal realização. Também se faz importante o fato de que os alunos não estão tendo custo com ônibus pois, foram custeados pela Universidade. Apenas estão tendo gastos com alimentação.

As aulas que já aconteceram, foram realizadas nas quartas-feiras dos dias 06/04 e 13/04. Após estas duas aulas, o restante se efetuarão quinzenalmente. Serão no total sete aulas práticas realizadas nos laboratórios da FAG com as duas disciplinas mencionadas, até o mês de junho.

Em entrevista, a Profa. Coordenadora do Curso, Camila Rossi, que acompanhou os 36 acadêmicos na viajem, conta que as aulas foram realizadas com a ajuda de técnicos da Faculdade, houve a divisão dos alunos em duas turmas para se realizar com mais eficácia as aulas; no período da manhã uma turma participou da aula de Anatomia e a outra teve Bases da Técnica Dietética e Culinária. Invertendo no período da tarde.

No mês de junho, que encerrará as sete aulas práticas destas disciplinas, serão analisados as condições dos laboratórios do UFFS - Realeza. Em caso de condições adequadas para uso, contendo os equipamentos necessários, as aulas práticas do próximo semestre ocorrerão no próprio campus. Na falta de recursos necessários nos laboratórios, as aulas serão realizadas em outras instituições, podendo ser novamente na FAG e havendo possibilidades de serem realizadas na UTFPR, de Francisco Beltrão, Dois Vizinhos ou Pato Branco.

Ainda em entrevista, a Profa. Camila disse que para o próximo semestre, caso não estejam prontos os laboratórios do campus e seja necessário o deslocamento dos acadêmicos, além da disciplina de 'Técnica Dietética e Culinária Aplicada', será encaixada outra disciplina nas grades do curso a fim de aproveitar a viajem.

O acadêmico do Curso de Nutrição, Gabriel Bonatto, em entrevista disse que as aulas práticas são importantes pois, “são nas aulas práticas que os conhecimentos adquiridos em sala de aula são entendidos, aprendidos e gravados de forma mais clara e definitiva. Muitas das dúvidas que temos em sala de aula, são esclarecidas nas aulas práticas com o contato mais próximo com as situações que possivelmente encontraremos em nossa prática profissional”.

Tanto os professores quanto os alunos sabem da importância que se dá na realização de aulas práticas mas, na visão do acadêmico Gabriel, nem todos entendem que, no momento, a melhor opção é está. E ainda diz, que entende qual são as reais situações que a UFFS está passando mas, acredita que esse deslocamento é necessário para suprir as necessidades de aprendizagem, estando disposto a aproveitar estas viagens.

Fitoterapia para animais

Trabalho acadêmico busca investigar o uso de fitoterápicos nas propriedades rurais de Realeza

Por Vanessa Pagno (Ciências/Realeza)

No início deste primeiro semestre de 2011, acadêmicos do curso de medicina veterinária da UFFS receberam do professor Dr. Adolfo Firmino da Silva Neto uma proposta de aulas práticas, para a disciplina de Iniciação à prática científica. Essa proposta consiste em um desafio aos alunos, no qual eles mesmos terão que desenvolver um projeto de pesquisa.

O professor Adolfo salienta que um aspecto fundamental da pesquisa, que não pode ser negligenciado, é a formulação de uma pergunta inicial, que servirá como guia para o projeto. "A partir da criação dessa pergunta científica, começou-se um estudo dos diferentes modos de elaborar pesquisa. Essas práticas ajudam o aluno a entender a dimensão e o conteúdo da disciplina, auxiliando em sua formação”.

Nesse trabalho, estão sendo desenvolvidos vários temas de pesquisa, entre eles está o de fitoterapia de animais, investigado por cinco acadêmicos da primeira fase do curso de medicina veterinária (Josiane Gaggiola, Maria Luiza Bassanesi, Luana Bombana, Juliana Geraldi e Jean Boesing), com o auxílio do professor Dr. Valfredo Schempler.

A fitoterapia consiste na utilização de diferentes ervas medicinais no tratamento de diversas doenças. Diante da carência financeira, ela seria uma alternativa viável para a maioria dos pequenos produtores rurais. Outra vantagem para esses produtores é que há uma grande diversidade dessas ervas, o que facilitaria o uso dessa técnica de tratamento. Diante da importância da fitoterapia e da escassez de pesquisas em medicina veterinária sobre esse assunto, fato destacado pelo professor Valfredo, torna-se necessário estudar essa técnica.

Para a pesquisa, os acadêmicos estão realizando um levantamento de dados por meio de um questionário, no qual a pergunta inicial é: “quais as plantas medicinais utilizadas por produtores como fitoterápicos no tratamento de animais, em Realeza-Paraná". O grupo já realizou visitas a produtores rurais da cidade, que responderam ao questionário. O que se observou, nas respostas dos produtores, foi que há pouco uso desses fitoterápicos. Em geral, opta-se por medicamentos, pois têm resultados mais rápidos, embora o custo seja maior.

A partir dessa pesquisa, pretende-se ter o conhecimento sobre quais plantas medicinais podem ser usadas, entender como usá-las de forma adequada e, posterioremente, instruir os produtores rurais sobre a utilização dessas plantas no tratamento de doenças. Além disso, um outro objetivo é divulgar os resultados encontrados em revistas científicas, ou outros meios de comunicação, com o intuito de levar esse conhecimento sobre o uso de plantas medicinais a outros, resgatando, assim, a cultura popular, para que ela não se perca.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

CINECLUBE: AMPLIANDO CONHECIMENTOS, CONSTRUINDO PENSAMENTOS

Handressa Louanne Rossi (História - Chapecó/SC)



Com o objetivo de proporcionar à comunidade acadêmica e à comunidade do entorno da UFFS mais acesso a filmes que contribuam para sua formação cultural e humana, o Cineclube Universitário exibe, mensalmente, desde o segundo semestre de 2010, no Campus Chapecó, “sessões de cinema”, às 16h. Essas sessões são seguidas de debate sobre pontos importantes do filme e contam com a participação de um convidado especial, escolhido de acordo com a temática do filme.

Muito mais do que simplesmente apresentar obras cinematográficas, esse projeto de extensão pretende integrar a sociedade e a universidade, explorar diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto e, também, modificar o modo como vemos o cinema, ou seja, passarmos de uma representação que o concebe como mero meio de lazer à produtor de cultura.

Ana Paula Wizniewski, acadêmica de Sociologia, na UFFS, bolsista do Cineclube, ressalta a amplitude dos diálogos gerados nos debates. “Estes abrem espaço para alunos de diferentes cursos refletirem sobre questões polêmicas que se referem a nossa realidade, e não são, necessariamente, divulgadas abertamente nos meios de comunicação. O Cineclube também é muito importante na integração da universidade com a comunidade”.

Os debates buscam deixar em cada expectador uma indagação, geralmente sobre as deficiências que temos nas mais variadas esferas da nossa sociedade. Ana Paula ressalta que “os filmes retratam fatos da nossa sociedade "preconceituosa", fatos esses que são abandonados por pessoas que, como disse François Laplantin, no filme “Entre os murros da escola”: 'além de serem cegos à cultura dos outros são míopes quando se trata da deles mesmo'.”.

Cinema integrado à educação não é sinônimo de mídia na escola, mas sim de novas possibilidades, de fazer com que através do cinema se percebam aspectos do nosso cotidiano. Um desses aspectos - o funcionamento de uma escola - foi exposto no filme “Entre os muros da escola”, exibido no último dia 24, no qual o professor não é visto como um herói que esta acima do bem e do mal, mas um ser humano que pode se equivocar, que aprende com seus erros e acertos, e não em busca de um final feliz, mas sim de superar as barreiras de cada dia.

Os filmes que o projeto exibe trazem propostas que vão além das comerciais, segundo um dos professores coordenadores do projeto, Eric Duarte Ferreira. Os filmes buscam envolver o espectador e refletir sobre os significados de viver em sociedade e de produzir bens culturais audiovisuais.

Contudo, esses filmes também devem ser analisados com delicadeza, ficando claro que nascem dentro de um contexto, a partir da opinião dos produtores, e não são 100% reais. Essa separação entre realidade e ficção é discutida pelo Cineclube durante o debate, de forma a integrar todos os participantes que, com certeza, saem das salas com a sensação de terem participado de uma aula multidisciplinar das mais valiosas.

Além das sessões de cinema, neste ano, o Cineclube vem com duas novas propostas: a) realizar oficinas de produção audiovisual em escolas da rede básica de ensino da cidade de Chapecó; b) promover um festival de vídeos independentes, com inscrições abertas para todos os tipos de gêneros de audiovisuais, bem como para diferentes formatos de captura (câmeras, celulares, máquinas fotográficas, etc).

Lembramos que o próximo filme também vem com a temática da educação, “Half Nelson”, com a participação do professor Antonio Alberto Brunetta, da área da pedagogia, para coordenar o debate. Tal exibição promete causar impacto e fazer muitos profissionais se identificarem com o professor Dan Dunne, mergulhado em um sistema que o impede de ensinar seu alunos a pensar por conta própria.

Todas essas informações - e muito mais - você encontra no blog do Cineclube e, ao longo do ano, também no Comunica, que vai acompanhar passo-a-passo os desafios culturais que estão nascendo junto com a UFFS, e que já estão rendendo ótimos frutos a ela.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Conheça nosso aluno!

Por Projeto Comunica (Laranjeiras do Sul)

Betina Luiza Koop
Nesta semana, a aluna é Betina Luiza Koop, que veio da cidade de Chapada – RS, e cursa a 3ª fase do curso de Engenharia de Alimentos. “Escolhi o curso de Engenharia de Alimentos porque gosto de química e também porque observei uma crescente preocupação da população com relação à alimentação saudável, o que pode aumentar o campo de trabalho da área. Optei pela UFFS por acreditar na qualidade do ensino de uma Universidade Federal, o que me possibilitará uma melhor formação profissional e, consequentemente, uma maior facilidade de inserção no mercado de trabalho”.

Curso de Agronomia de Laranjeiras do Sul viaja para realizar aulas práticas

Por Janne Karlla Torres Silva (Agronomia/Laranjeiras do Sul)
Alunos da 3ª fase de Agronomia na CODAPAR
Nos dias 8 e 9 de abril, a turma da 3º fase de Agronomia de Laranjeiras do Sul foi a Palmas-PR, Caçador-SC e Fraiburgo-SC, com professor o da disciplina de Agroclimatologia, Josuel A. Vilela, para realizar aulas práticas.

A primeira parada foi na cidade de Palmas, onde visitaram a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (CODAPAR) e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). A CODAPAR é uma empresa de armazenamento de maças e de batatas para sementes. Nela, a turma aprendeu sobre o sistema de resfriamento de câmaras frias a base de amônia, sobre a classificação das maças semiautomatizadas, onde a separação por categorias é toda manual, e também sobre as câmaras de resfriamento com atmosfera normal.

No IAPAR, aprenderam como cultivar a maça EVA, uma maçã que tem preferência por climas tropicais, visitaram uma estação meteorológica, analógica, e fizeram uma breve parada na usina eólica.O destino final do dia foi em Fraiburgo, onde passaram a noite em uma escola técnica do MST, no assentamento El Dorado dos Carajás.

Na manhã do dia seguinte, visitaram a POMIFRAI, terceira maior indústria de maças do país. Lá, conheceram câmaras frias de atmosfera controlada que reduzem o nível de oxigênio do ar para no máximo 2% (na atmosfera normal esse percentual é de 21%), tecnologia que maximizou o processo produtivo e o processo de logística da indústria.

Além de conhecerem novos lugares e pessoas, a viagem serviu principalmente para os estudantes aprenderem na prática o que estudam em sala de aula. A interação entre os acadêmicos também marcou a viagem.


Projeto de Extensão em Laranjeiras do Sul organiza Feira com produtores rurais

Por Denise Rossoni (Agronomia/Laranjeiras do Sul)

Professora Cátia em entrevista às rádios da cidade
O projeto de Extensão Transferência de Tecnologias para Cadeia de Produtos Artesanais de Laranjeiras do Sul, coordenado pela professora Cátia Tavares dos Passos, doutora em Engenharia de Alimentos, organizou na última quinta-feira, dia 07, a Feira do Produtor Rural, uma feira ao ar livre na principal praça da cidade, com exposição de produtos de origem orgânica e artesanal.

O principal objetivo do evento foi comemorar o primeiro dia da Campanha Nacional Contra o Uso dos Agrotóxicos em defesa da vida, além de também revigorar o hábito da população laranjeirense em frequentar a feira da cidade, visto que, por ela ser realizada semanalmente em local precário, com pouca iluminação e sem a presença de tantos produtores locais, poucos frequentam.

Em menos de uma hora de feira quase todos os produtos foram vendidos, confirmando a necessidade de se organizar um novo local para a feira da cidade, e fazendo a alegria dos produtores, que viam todas as mercadorias indo embora. Além disso, a presença do público foi muito maior, devido ao próprio espaço em que a feira foi realizada e à variedade de produtos expostos. A população demonstrou ter aprovado a ideia e a equipe do projeto já pensa em novas articulações para que a feira semanal se organize sempre nesse espaço.

Ao final da feira, o professor Henrique Bittencourt, Engenheiro Agrônomo, ministrou um palestra para a população e, especialmente, para os feirantes, com o tema Agricultura Sustentável. Um aluno da terceira fase do curso de Agronomia, certificado como primeiro produtor orgânico do município, Ivandro Gomes de Amorin, falou também sobre Avanços e Desafios da Agricultura Orgânica.

A feira organizada pelo projeto de Extensão da UFFS representou um grande avanço no município em termos de articulação entre os pequenos agricultores, obteve ótima aceitação do público consumidor e foi considerado um marco para uma série de outras ações já planejadas pela equipe da professora Cátia Tavares dos Passos para o desenvolvimento de uma economia sustentável na região e para a consolidação de hábitos mais saudáveis entre a população laranjeirense.

A equipe Comunica, que também esteve na feira, parabeniza à professora Cátia Tavares e todos os demais organizadores do evento.




 
Prof. (as) Marcela Langa  á esquerda e Aline Gravina á direita

Prof. Henrique Bittencourt ministrando palestra para a população

A História de Movimentos Sociais: Memória Regional

Por Fernando Falkoski (Filosofia /Erechim)
O coordenador do curso de História, prof. Gerson Fraga, da UFFS/Erechim, elaborou o projeto de pesquisa “Registrando a memória regional: a História social e a constituição de um laboratório de Linguística e História Oral na região do Alto Uruguai”. A ideia para construção do projeto teve início ainda no primeiro semestre de 2010.
O projeto hoje conta com 2 bolsistas, e pode ser ampliado se existirem alunos que almejam o estudo da pesquisa acerca da história de diferentes movimentos sociais na região e principalmente em nosso município. Segundo Prof. Gerson, “o projeto tem o objetivo de buscar informações por meio de entrevistas de alunos com pessoas que dirigem ou fizeram parte na história desses movimentos bem como seu surgimento, sua transformação, a origem dos integrantes e os motivos que mobilizaram a ação”.
Ele acrescentou o fato de que muitas vezes, os relatos e documentos oficiais não contêm informações da história de vida dessas pessoas, a causa, e interesses comuns que motivaram seus movimentos, sejam na área de ensino, questões ligadas à mulher, raças, cultura e principalmente o jovem. As entrevistas serão documentadas e gravadas para possibilitar o estudo também da fala. “A ideia é reunir um acervo documental e oral da história social da região criando uma espécie de Laboratório Histórico Social” (Gerson W. Fraga – Pesquisador do projeto).

quarta-feira, 13 de abril de 2011



O sucesso da 1ª Semana Acadêmica

Por Darline Balen e Vanessa Freiberger (Engenharia Ambiental e Energias Renováveis/Erechim)

A Semana Acadêmica de Agronomia, Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Ambiental e Energias Renováveis chegou ao fim na última sexta-feira com a sensação de dever cumprido. Nos últimos três dias, foram realizadas palestras, minicursos, oficinas e mesas-redondas.

Na quarta-feira, 6 de abril, foram realizadas pela manhã 2 palestras: “Projetos Regenerativos” e “Agricultura de Precisão”. Também pela manhã, foi realizada uma mesa-redonda sobre aquecimento global e efeito estufa com os professores Anderson Ribeiro, Fábio Sanches e Paulo Hartamann. Durante a mesa-redonda, foi apresentada, de forma provocante, a complexidade do chamado “aquecimento global”. Pelo grande número de perguntas, a mesa-redonda só terminou ao meio-dia.

Na quarta, à tarde, foram realizadas uma palestra, uma mesa-redonda e a apresentação e exposição de pôsteres. A palestra sobre Legislação Ambiental no Rio Grande do Sul e o Projeto de Lei 154, previamente agendada para ser ministrada por Ivar Pavan, foi apresentada por Lino de David, presidente da Emater do Rio Grande do Sul.

No quarto dia da semana, 7 de abril, foram realizados 4 minicursos: “Georreferenciamento”, “Manejo e Conservação dos Solos”, “Vitivinicultura”, “Citricultura”. Foi realizada uma oficina com o tema “Vivência e percepção do espaço a partir da obra: Cidades Invisíveis” e também uma palestra sobre Produção de enzimas para aplicação em biocombustíveis, ministrada pela doutora Helen Trichel. O foco ficou na busca de alternativas viáveis para a produção em larga escala de biocombustíveis com qualidade e viáveis economicamente. À tarde, foi realizado um minicurso sobre Licenciamento Ambiental Municipal e uma palestra sobre Arquitetura da Modernidade no Sul do Brasil. 

  Imagens: Minicursos. Fonte: http://semacademicauffserechim.blogspot.com/
Na sexta-feira, 8 de abril, foram realizadas 4 palestras e 2 mesas-redondas. Pela manhã, houve as palestras "Irrigação de Culturas Agrícolas", ministrada pelo PhD Reimar Carlesso, e "Recursos Hídricos", ministrada por Débora Missio Bayer. À tarde, a primeira mesa-redonda teve como tema “Discutindo o PPC do Curso de Arquitetura e Urbanismo”. Ainda à tarde, aconteceram mais 2 palestras, sobre "Melhoramento Genético Animal" e "Paisagismo". A segunda mesa-redonda foi sobre "Status do licenciamento ambiental atualmente", tendo sido composta por Marcelo Didoné e Marileude Didoné.

O encerramento aconteceu logo em seguida, às 17h30min, com o pronunciamento do coordenador geral do evento, Anderson Ribeiro, que destacou o envolvimento e o empenho dos alunos. Ilton Benoni da Silva também relatou o sucesso da 1ª Semana Acadêmica, saudando todas as pessoas que de uma forma ou outra contribuíram para o seu êxito: “Uma coordenação de uma só pessoa não produziria tantos êxitos […]. Foi cansaço, luta, mas o dever foi cumprido”, comentou o diretor do campus Erechim.

Infelizmente, a conclusão do evento teve suas festividades interrompidas. A programação do sábado - uma visita à Itá-SC e aos bairros de Erechim - foi cancelada em função da inesperada morte de um professor da UFFS, Anderson Chaves Mossi, que faleceu no sábado, 9 de abril, e que ministrava aulas para grande parte dos envolvidos. Assim, ainda que a 1ª Semana Acadêmica da UFFS Campus Erechim entre para a história da Universidade por seu sucesso, é importante lembrarmos com carinho e pesar do grande professor Anderson Mossi, certamente uma perda irreparável. Aqui, em nome da comunidade acadêmica, fica nossa homenagem.