quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Chassot na semana pedagógica

Por Camila Marcon (Letras/Chapecó)

Attico Chassot, o palestrante
Na última semana de outubro o Campus de Chapecó organizou a semana pedagógica, na qual um dos convidados para ministrar as palestras foi o professor Attico Chassot, com seus 70 anos e uma longa estrada na educação brasileira. Professor desde 1961, já atuou nas universidades PUC-RS, FAPA, ULBRA e UNISINOS e atualmente é professor pesquisador do Centro Universitário Metodista- IPA, atuando nas áreas de Alfabetização Científica, História e Filosofia da Ciência, realizando palestras dentro e fora do país.

Autor de vários livros, dos quais tivemos acesso na disciplina de domínio comum, Iniciação a prática científica, ministrada no curso de Letras Português e Espanhol pelo professor Antônio Valmor de Campos, Chassot aborda em suas obras assuntos polêmicos, e deixa questionamentos inquietantes para o público. Um dos temas das palestras realizadas em Chapecó foi os paradigmas da educação e a indisciplina em sala de aula, vista como consequência da grande interferência tecnológica que os estudantes sofrem na sociedade contemporânea, enquanto a sala de aula permanece com o professor, o quadro e o pincel, tornando a comunicação entre os dois mundo cada vez mais distante.

Ele escreveu e editou mais de 100 obras literárias, as mais recentes são: A Ciência é masculina?É sim senhora!,e A ciência através dos tempos, cujo tema desta é uma visão panorâmica do conhecimento humano desde a descoberta e uso do fogo até as mais recentes conquistas; e também há o livro Alfabetização Científica tratando sobre as questões e os desafios para a educação,entre outros.

Finalizo este texto com uma frase de Chassot que me chamou a atenção, já que passamos por um ano eleitoral onde milhões de brasileiros deixaram de exercer seu poder de voto, a qual dia que “o pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política...”.

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