sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Acadêmicos defendem integração entre os cursos

“Esses boatos de que o conselheiro só deve defender o seu curso são absurdos”, criticou uma acadêmica do Campus de Realeza


Por Lucas Carniel (Letras/Realeza)

Todos os campi da UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul) estão em fase de preparação para as eleições do Consuni (Conselho Universitário). O Conselho será o maior órgão deliberativo da instituição. Os conselheiros se reunirão periodicamente para tratar de assuntos acadêmicos e estruturais dos cinco campi da universidade. Os membros do Consuni serão escolhidos por meio de eleições, que acontecem no dia 18 de novembro, e, depois de empossados, são eles que terão de auxiliar no processo de desenvolvimento da instituição.

O Consuni será formado por professores, técnicos administrativos e acadêmicos da UFFS. Nos três setores a movimentação para a formação das chapas foi intensa durante os últimos 15 dias (o prazo para a inscrição dos candidatos terminou na quinta-feira, dia 28) e, a partir das próximas semanas, todos se concentrarão na corrida eleitoral.

Os acadêmicos do Campus de Realeza estão participando ativamente do processo das eleições. Sem citar nomes e sem tecer elogios para nenhuma das chapas, os alunos entrevistados pelo Comunica ressaltaram que o conselheiro e suplente escolhidos pelos estudantes devem pensar nos interesses e nas necesidades da UFFS, defendendo melhorias para as quatro graduações do campus de Realeza.

O acadêmico do curso de Letras, Marcio Rogério Plizzari, lembrou que, enquanto o Consuni não é formado, todas as decisões da UFFS dependem do reitor, Dilvo Ristoff. “O poder não deve ficar centralizado em apenas uma pessoa. Acredito que todo o pessoal deve exercer seu poder de decisão, expondo suas ideias sobre o que a universidade precisa e, o que é mais importante, sem defender este ou aquele curso, mas todos eles”, argumentou Marcio. Ele lembrou que uma das bandeiras que devem ser levantadas pelos conselheiros é a instalação de laboratórios e melhorias no acervo bibliográfico do Campus.

Outra característica que não pode faltar aos futuros conselheiros, de acordo com a acadêmica do curso de Nutrição, Vanessa Aparecida Moschen, é a responsabilidade. “O Consuni é de extrema importância para o desenvolvimento da Universidade, pois, assim, haverá mais integração entre o corpo discente e docente. Mas penso que na hora de votar, a gente tem que pensar bem em quem são os candidatos, porque tem que votar em quem tem responsabilidade, que leve o Consuni a sério”, opinou.

Acima de tudo, a acadêmica do curso de Ciências, Jéssica de Souza, defende que os membros do Consuni não levem interesses individuais para as reuniões. “Esses boatos de que o conselheiro só deve defender o seu curso são absurdos. Penso que o maior objetivo desse conselho é trazer benefícios para todos os campi. A pessoa escolhida terá que pensar muito bem na responsabilidade que esse cargo representa e, na hora dos encontros, lá em Chapecó, terá que esquecer dos interesses do seu curso e colocar as principais necessidades do nosso Campus”, apontou a acadêmica.

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