terça-feira, 31 de maio de 2011

Cursos de especialização UFFS 2011

Por   Fernando Falkoski ( Filosofia Erechim)

A UFFS iniciará, a partir do segundo semestre deste ano, seis novas especializações, entre três de seus cinco campi. No campus Cerro Largo-RS, os cursos oferecidos são: Desenvolvimento Rural Sustentável e Agricultura Familiar (30 vagas) e Interdisciplinaridade e Práticas Pedagógicas na Educação Básica (35 vagas); no campus Chapecó-SC: História Regional (35 vagas), Literaturas do Cone Sul (35 vagas), Saúde Coletiva (30 vagas) e no campus Erechim-RS: História da Ciência (30 vagas). As inscrições podem ser feitas de 25 de maio a 27 de junho nas secretarias acadêmicas, onde o curso é ofertado ou podem ser enviadas por Sedex aos endereços descritos no edital http://www.uffs.edu.br/pro-reitoria/pesquisaepos-graduacao/formularios.

O candidato, no ato da inscrição, deve entregar os seguintes documentos: formulário preenchido e assinado; curriculum vitae; cópia autenticada do diploma de curso superior de graduação reconhecido pelo Ministério da Educação; pré-projeto ou memorando com descrição da intenção de pesquisa relacionada ao curso ou linhas estabelecidas. Esse pré-projeto deve ter de três a cinco laudas, contendo tema delimitado/problema de pesquisa, objetivos, justificativa, esboço do referencial teórico e referências bibliográficas.

A seleção dos candidatos passa primeiramente pela análise, por uma comissão, do currículo e do pré-projeto ou memorando de intenção de pesquisa, em que apenas os selecionados por essa comissão passarão por uma entrevista, ficando os demais eliminados. A homologação das inscrições será no dia 01 de julho, e o resultado dos selecionados e o horário para as entrevistas serão divulgados no dia 04 de julho. O resultado final acontece até 18 de julho, e a abertura para a efetivação da matrícula ocorre entre os dias 20 e 22 de julho.

Além da consolidação do trabalho da universidade, os cursos de pós-graduação lato sensu são essenciais para a formação continuada, pois proporcionam ao pós-graduando uma maior qualificação e possibilidade de retorno à comunidade, a partir de seus conhecimentos aprofundados na pós-graduação, em nível de especialização.
XXX Encontro Estadual de Geografia ocorrerá em Erechim

Por Seli Teresinha Leite (Licenciatura em Geografia/Erechim)

De 3 a 5 de junho acontecerá, na Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Erechim, o XXX Encontro Estadual de Geografia, com o tema “Outras geografias: entre território e ambiente, região e desenvolvimento”. O encontro contará com vários espaços reservados, para que acadêmicos inscritos anteriormente possam apresentar trabalhos prontos ou em andamento desde que pertinentes a algum dos nove eixos pré-determinados do evento. Com essa atividade, é oportunizado aos participantes interagirem com os apresentadores debatendo e trocando informações.





 Paralelamente, serão oferecidas oficinas e minicursos. Nas oficinas, os participantes terão oportunidade de aprender e discutir novas práticas de ensino a partir de novos conhecimentos e experiências. Já os mini-cursos são mais direcionados as teorias a partir das percepções dos apresentadores.

Além dos professores da UFFS-Erechim, também participarão dos diálogos e mesas redondas professores da UNESP-Presidente Prudente, UFRGS, USP, UNIOESTE, UFPel, UFPR, IFRS- Restinga, e UFRJ, debatendo sobre os seguintes temas:

 Diálogo de abertura: “Outras Geografias”

 Mesa Redonda 1: “Entre Território e Ambiente”

 Mesa Redonda 2: “Região e Desenvolvimento”

 Diálogo de Encerramento: “Outras Geografias: entre território e ambiente, região e desenvolvimento”

Também serão realizados quatro trabalhos de campo no encerramento do evento. Para aqueles que tiverem interesse segue o cronograma do evento:




 

UFFS Realeza criará Conselho Comunitário e Conselho de Campus

Reunião geral definiu os procedimentos necessários para a criação dos conselhos locais

Por Jéssica Pauletti (Ciências/UFFS)

                                                                                                       Christiano Castellano/UFFS
 Reunião geral conta com boa parcipação de
técnicos-administrativos, docentes e representação estudantil.

Na última quarta-feira, 25 de maio, realizou-se uma reunião geral da UFFS, Campus Realeza, convocada pelo coordenador acadêmico Antônio Marcos Myskiw. Na oportunidade, havia cerca de 50 presentes, entre técnicos-administrativos, docentes e representação estudantil.

Dentre os vários informes repassados pela direção do campus e assuntos discutidos entre os presentes, um dos mais importantes é a criação do Conselho Comunitário e do Conselho de Campus. Para saber mais sobre os propósitos desses conselhos, o Comunica conversou com o coordenador administrativo do Campus Realeza, Jaci Poli.
Primeiramente, Jaci Poli explicou que é necessária a criação do Conselho Comunitário, visto que esse está no Estatuto da UFFS, é de caráter consultivo, somente é deliberativo em relação à sua estrutura interna, similar ao Conselho Estratégico e Social. O coordenador Jaci Poli destaca que o papel fundamental desse conselho é “ser o interlocutor do diálogo entre os movimentos, as organizações sociais e a UFFS”.

Ele afirma que cada campi estará constituindo o seu próprio conselho a partir da realidade local, buscando sempre uma relação estreita com o Movimento Pró-Universidade. O coordenador Jaci Poli lembra que fazem parte do Conselho Comunitário um conjunto de organizações, entidades e movimentos sociais, alguns de caráter governamental e a maioria de caráter não governamental, e que foram convidadas cerca de 37 entidades para nomear seus representantes. O conselho ainda vai contar com a participação de 4 acadêmicos titulares e 4 suplentes, 4 docentes titulares e 4 suplentes, 3 técnicos-administrativos titulares e 3 suplentes e 3 membros da direção do campus, que seriam o diretor, o coordenador acadêmico e o coordenador administrativo.

A escolha dos representantes ficará a cargo de cada segmento, os nomes escolhidos devem ser repassados nos próximos dias à Direção. Os técnicos-administrativos já se reuniram, sendo que todos que quisessem ocupar os cargos poderiam se indicar; após foi feita a eleição e os 6 mais votados para ocuparem os cargos de titular e respectivo suplente foram: titular Moacir da Silva e suplente Roseana Penutti; titular Lucas Genz e suplente Giuliano Kluch; e titular Simone Padilha e suplente Silvani da Silva. No caso dos discentes, o Diretório Acadêmico solicitou aos centros acadêmicos a indicação de 2 nomes de cada curso (titular e suplente), para que desse modo todos os cursos sejam representados no Conselho Comunitário.

Já o corpo docente optou por eleição, desse modo designou-se uma comissão de três professores para cuidar do processo eleitoral, um dos membros, o professor Clóvis Caetano, explica que a maioria dos professores optou por escolher os representantes desse modo, assim os professores interessados devem fazer chapa de dois componentes, as quatro duplas com mais votos são eleitas, o resultado final sai no próximo dia dois de junho. Há a necessidade dessa indicação imediata dos representantes do Campus Realeza, visto que a primeira reunião do Conselho Comunitário acontecerá dia três de junho, às 14h00 nas dependências da UFFS.

Quanto ao Conselho de Campus, Jaci Poli explicou que se trata de uma instância de deliberação, que tem um papel semelhante ao do Conselho Universitário da UFFS (CONSUNI). Desse modo, todos os processos de deliberação de assuntos do campus passam por esse conselho, no entanto, Jaci Poli afirma que se trata de “um conselho cujo poder de deliberação deve respeitar as instâncias superiores, como é o caso do CONSUNI”. Aqui, também participarão membros da direção do campus, os coordenadores de curso, representantes docentes, técnicos-administrativos e representantes acadêmicos. Lembrando que o número de representante por categoria ainda não está definido, porém deverá ser respeitado os 70% destinados a docentes.
Dentre os vários informes repassados pela direção do campus e assuntos discutidos entre os presentes, um dos mais importantes é a criação do Conselho Comunitário e do Conselho de Campus. Para saber mais sobre os propósitos desses conselhos, o Comunica conversou com o coordenador administrativo do Campus Realeza, Jaci Poli.

Primeiramente, Jaci Poli explicou que é necessária a criação do Conselho Comunitário, visto que esse está no Estatuto da UFFS, é de caráter consultivo, somente é deliberativo em relação à sua estrutura interna, similar ao Conselho Estratégico e Social. O coordenador Jaci Poli destaca que o papel fundamental desse conselho é “ser o interlocutor do diálogo entre os movimentos, as organizações sociais e a UFFS”.

Ele afirma que cada campi estará constituindo o seu próprio conselho a partir da realidade local, buscando sempre uma relação estreita com o Movimento Pró-Universidade. O coordenador Jaci Poli lembra que fazem parte do Conselho Comunitário um conjunto de organizações, entidades e movimentos sociais, alguns de caráter governamental e a maioria de caráter não governamental, e que foram convidadas cerca de 37 entidades para nomear seus representantes. O conselho ainda vai contar com a participação de 4 acadêmicos titulares e 4 suplentes, 4 docentes titulares e 4 suplentes, 3 técnicos-administrativos titulares e 3 suplentes e 3 membros da direção do campus, que seriam o diretor, o coordenador acadêmico e o coordenador administrativo.

A escolha dos representantes ficará a cargo de cada segmento, os nomes escolhidos devem ser repassados nos próximos dias à Direção. Os técnicos-administrativos já se reuniram, sendo que todos que quisessem ocupar os cargos poderiam se indicar; após foi feita a eleição e os 6 mais votados para ocuparem os cargos de titular e respectivo suplente foram: titular Moacir da Silva e suplente Roseana Penutti; titular Lucas Genz e suplente Giuliano Kluch; e titular Simone Padilha e suplente Silvani da Silva. No caso dos discentes, o Diretório Acadêmico solicitou aos centros acadêmicos a indicação de 2 nomes de cada curso (titular e suplente), para que desse modo todos os cursos sejam representados no Conselho Comunitário.

Já o corpo docente optou por eleição, desse modo designou-se uma comissão de três professores para cuidar do processo eleitoral, um dos membros, o professor Clóvis Caetano, explica que a maioria dos professores optou por escolher os representantes desse modo, assim os professores interessados devem fazer chapa de dois componentes, as quatro duplas com mais votos são eleitas, o resultado final sai no próximo dia dois de junho. Há a necessidade dessa indicação imediata dos representantes do Campus Realeza, visto que a primeira reunião do Conselho Comunitário acontecerá dia três de junho, às 14h00 nas dependências da UFFS.
Quanto ao Conselho de Campus, Jaci Poli explicou que se trata de uma instância de deliberação, que tem um papel semelhante ao do Conselho Universitário da UFFS (CONSUNI). Desse modo, todos os processos de deliberação de assuntos do campus passam por esse conselho, no entanto, Jaci Poli afirma que se trata de “um conselho cujo poder de deliberação deve respeitar as instâncias superiores, como é o caso do CONSUNI”. Aqui, também participarão membros da direção do campus, os coordenadores de curso, representantes docentes, técnicos-administrativos e representantes acadêmicos. Lembrando que o número de representante por categoria ainda não está definido, porém deverá ser respeitado os 70% destinados a docentes.

Projeto de Nutrição da UFFS analisa a qualidade da merenda nas escolas públicas do município de Realeza.

Por Will Cândido (Ciências/Realeza)
Fotos Daiane da Silva (Nutrição/Realeza)

O Projeto “Análise do programa nacional de alimentação escolar e do perfil nutricional de estudantes do ensino fundamental no município de Realeza – PR”, coordenado pela Profa. Dra. Rozane Toso Bleil, busca fazer uma pesquisa sobre como anda a alimentação nas escolas públicas municipais. Estão sendo analisadas aproximadamente 1000 crianças da rede pública municipal, com faixa etária entre 6 e 10 anos de idade.
Acadêmicas durante a coleta de dados.

Conversando com o Comunica, a professora Rozane falou um pouco sobre o projeto: “o mais interessante disso tudo é que vamos monitorar o estado nutricional dessa população, que são de grupos vulneráveis (crianças em geral). É importante, pois identificaremos os problemas - se os tiverem - e os maiores problemas nutricionais do grupo.”

Este projeto é divido em 3 subprojetos. O primeiro, denominado “perfil socioeconômico e antropométrico de escolares”, tem o objetivo de medir e pesar os alunos. O bolsista do projeto, Gabriel Bonatto, em conversa com o Comunica, contou como é feita a coleta dos dados: “Após a coleta destes dados será feito o cálculo do IMC (Índice de massa corporal) e relação Peso/Idade destes alunos, assim descobrindo quantos alunos possuem problemas de peso e altura relacionado à nutrição. Além da pesagem e medição dos alunos, será realizado um questionário socioeconômico com as famílias para verificar se os resultados obtidos anteriormente têm relação com a situação socioeconômica destes alunos”.


“Acho curiosa a nossa relação de pesquisadores
com os alunos da rede municipal. Alguns se
 mostram muito à vontade em serem medidos
e pesados, enquanto outros são mais tímidos.”
 - Gabriel Bonatto ao Comunica.

O segundo subprojeto, denominado “qualidade nutricional da alimentação oferecida nas escolas”, visa saber como está a situação da merenda escolar das escolas: se está sendo uma alimentação balanceada, saudável e de qualidade. Isso será feito porque ela é indispensável para o bom desempenho do estudante. As escolas devem oferecer uma alimentação de qualidade em todos os dias letivos.

A acadêmica bolsista, Josiane Hillesheim, contou sobre a primeira impressão obtida com o projeto: “Semana passada realizamos o projeto piloto em 2 escolas do município. Podemos observar que praticamente todos os alunos aderiram à merenda escolar, talvez pelo fato de que, nas duas escolas, por coincidência ou não, a merenda do dia foi cachorro-quente. Avaliaremos esse comportamento dos alunos durante os 8 dias, pois os alimentos serão variados, por exemplo, se for sopa, acredito que a adesão será menor.”

O terceiro subprojeto, “Inserção do tema alimentação e nutrição no currículo das escolas municipais”, analisa como o tema nutrição está envolvido dentro da sala de aula e se os professores o estão abordando corretamente. A bolsista Cristiane Perondi e a voluntária Vanesa Gésser, em entrevista ao Comunica, contaram como os professores demonstram um certo receio no primeiro momento. Muitos deles ficam com medo, pensando que o projeto vem para avaliá-los. Mas, em seguida, percebem que não é esse o intuito do projeto, “acabam pedindo para que a gente volte. Vemos nessas iniciativas um ótimo tema para que se desenvolva um projeto de extensão, pois os professores estão realmente interessados no assunto”, diz Vanesa.

“Tudo isso é muito importante para termos uma noção de como os professores notam a importância do tema, pois é um assunto muito complexo para ser passado aos alunos. Devia ser dada um pouco mais de atenção para a questao nutricional em sala de aula”, finaliza Cristiane Perondi.

A professora Rozane faz um apelo, pedindo, “em especial às famílias, para apoiarem, dando o consentimento aos filhos para participarem da coleta dos dados de peso e de estatura, pois só assim teremos uma avaliação do estado nutricional dessas crianças mais completo, pois esses resultados trarão benefícios à comunidade.”

sexta-feira, 27 de maio de 2011

História da Migração Trentina durante a Segunda Guerra Mundial


                                                     Por Fernando Falkoski (Campus Erechim)

Foi realizado no dia 19 de maio de 2011, na UFFS- Campus Erechim, o evento Migração Trentina durante a Segunda Guerra Mundial através dos Arquivos Autobiográficos, com a palestrante italiana Francesca Rimauro, acompanhada dos debatedores Dra. Thais Janaína Wenczenovicz  (UERGS – Campus Erechim) e Dr. Gerson Fraga (UFFS –Campus Erechim), coordenador do curso de História.

A partir do convite da professora Thais, foi programada a Semana de Migração Italiana, que possibilitou um espaço para que fosse organizada uma exposição fotográfica pelas alunas Bruna Gorete Mazzonetto, da Engenharia Ambiental e Lauriana Regina Menegatti, das Ciências Sociais. Além da exposição e da palestra, a semana contou com a projeção de um filme.

Rimauro iniciou sua fala sobre o Trentino, comparando sua região geográfica com a do Rio Grande do Sul. A historiadora pesquisa, por meio de arquivos autobiográficos, a migração trentina para a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. A autora aponta que o primeiro desafio esteve na língua regional no trentino e ressalta que a migração ocorreu não somente em uma situação de busca de trabalho (o que é o padrão quando se fala de migração), mas realizada em um período muito específico da História Contemporânea. Muitos  trabalhadores trentinos viviam em uma situação de "semi-escravidão", quando não acabavam internados em campos de concentração se ousassem levantar a voz contra a situação opressiva em que se viam colocados. Outros pontos se deram na experiência trágica marcante a toda existência trentina em relação à guerra e suas consequências, como problema de identidade, de língua, dados extraídos pelos arquivos e cartas com histórias contadas  pelos contingentes de trabalhadores da época.

Francesca almejou, ao longo de sua palestra e de fontes históricas que estão disponíveis na internet (www.trentinocultura.net), diferenciar o trentino do restante dos italianos, valendo-se para isto de classificações presentes no "senso comum" do povo italiano. Fraga, como debatedor, ressaltou dois aspectos acerca do trabalho da palestrante: “primeiro, esta classificação das pessoas segundo um senso comum, como algo que nos remete ao positivismo, mas que é extremamente atual - basta pensar nos estereótipos sobre cariocas, gaúchos, nordestinos. Segundo, é importante pensar na realização de um trabalho abordando a Itália fascista e a Alemanha nazista no tempo presente, quando a Itália vive um período político de visível cunho conservador (para não dizer neo-fascista), sob o governo de Sílvio Berlusconi”.

Ao término de sua explanação, Francesca afirmou que se mostrou positivamente impressionada com o Brasil, com a juventude de nossos professores e com o fato destes serem "mais arejados" do que a média dos docentes italianos, classificados por ela, como “excessivamente conservadores e inacessíveis.”

Devemos observar nestes eventos sua importância para a instituição que passa a se mostrar como "uma casa com as portas abertas", promovendo a essência daquilo que possibilita ser o ensino universitário: uma grande troca de experiências e de conhecimento, enriquecendo culturalmente não somente aqueles que participam do evento, mas também o próprio palestrante e seus debatedores.  O professor Fraga complementa: “julgo ser sempre importante trazer pesquisadores, professores, pensadores, seja lá o que for, de fora da instituição. É bom ouvir pessoas diferentes, que trabalham com objetos diferentes, que vêm de lugares diferentes  e que tenham algo a nos dizer.”


DCE Laranjeiras do Sul: Estratégias adotadas

Por Elder A. Tomassevski e Eloir F. de Paula (Agronomia e Engenharia de Aquicultura/Laranjeiras do Sul)

Na última quarta-feira, dia 18, ocorreu no Campus Laranjeiras do Sul a primeira reunião da Diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Entre os vários assuntos discutidos, destacou-se a importância da confecção da Carteira do Estudante, o que garantirá aos alunos o direito a diversos pagamentos com descontos consideráveis, como na compra de passe, na entrada de cinemas e teatros,etc.

Durante a reunião, foram criadas comissões que estarão acompanhando diversas atividades, entre elas a formação de Centros Acadêmicos de cada curso, tomando, assim, providências referentes à iluminação de acesso ao Campus que, até o momento encontra-se inacabada.

Outras comissões foram criadas, como é o caso da (1) comissão de esportes (que organizará e acompanhará eventos esportivos realizados entre os cursos, comunidade e entre os demais campi), (2) comissão de eventos (organizando eventos entre a comunidade acadêmica e a comunidade regional), (3) comissão para as políticas de estratégias (delimitando áreas de ação do Diretório Central dos Estudantes).
Engenharia de Alimentos realiza primeira visita técnica e participa de Encontro Regional

Por Bruna Zalewski e Silvana de C. Castilho(Engenharia de Alimentos /Laranjeiras do Sul)
 
Alunos da primeira fase de Engenharia de Alimentos em visita a empresa Globoaves
Em Laranjeiras do Sul, no dia 12 de maio, os universitários de Engenharia de Alimentos da primeira fase fizeram a primeira visita técnica na empresa Globoaves sob a coordenação da professora Eduarda Molardi.

Na visita, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os processos de industrialização dos suínos, o que contribuiu para conhecer mais uma área do vasto campo de atuação dos futuros engenheiros.

Agora, os alunos da primeira e da terceira fase de Engenharia de Alimentos participarão, em Guarapuava, do III Encontro Paranaense de Engenharia de Alimentos (EPEA), durante os dias 25, 26 e 27 de maio, na Unicentro, Campus CEDETEG.

Lá serão realizados minicursos práticos, tais como Produção de Balas e Chocolates; Aplicação de Ingredientes e Aditivos em Panificação; Carnes – Produção de Embutidos; Fabricação de Queijo do Tipo Nozinho e com Vinho; Processo de Fabricação e Definições de Farinha de Trigo e Prática de Fabricação de Pães;Planejamento Experimental Aplicado a Fermentação e Produção de Cerveja. Além desses cursos, há na programação palestras e visitas técnicas. Sairá um ônibus do Campus de Laranjeiras do Sul para o evento e os alunos ficarão hospedados em alojamentos da Unicentro.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A REPERCUSSÃO E OS VENCEDORES DO PROJETO INOVAR 2011



Por Vanessa Freiberger (Engenharia Ambiental e Energias Renováveis/ Erechim)


Nos dias 19, 20, 21 e 22 de maio ocorreu em Erechim o Arquitetura no Pólo de Cultura. O evento visou congregar estudantes, profissionais e sociedade em geral em torno da Arquitetura e do Urbanismo e marcou o fechamento do 1º Concurso Nacional de Ideias para Estudantes de Arquitetura e Urbanismo – Prêmio INOVAR – CONSTRUIR 2011. As entidades organizadoras do concurso foram:  SINDUSCON-Erechim, a Prefeitura Municipal de Erechim-RS e a Universidade Federal da Fronteira SUL – UFFS. O concurso contou com o apoio do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento do Rio Grande do Sul – IAB/RS.

De acordo com o professor Leandro Fernandes, coordenador do evento,  o objetivo geral do concurso foi promover o debate sobre inovação e sustentabilidade em edificações residenciais unifamiliares. Como objeto, o concurso visou  escolher a melhor proposta para uma residência unifamiliar de até 50 m², para uma família de até cinco pessoas, em observância ao clima da região de Erechim/RS. A proposta arquitetônica teria que possuir caráter inovador e enfoque sustentável.
O professor ainda destacou que a Comissão Organizadora do Concurso recebeu ao todo 152 inscrições de equipes, de 20 estados da federação e de 60 instituições de ensino. Os trabalhos, vindos de várias partes do Brasil, ainda estão sendo entregues pelos Correios. No entanto, em função do prazo, somente 1/3 das equipes conseguiu enviar seus projetos a tempo. De qualquer forma, o concurso foi além das expectativas, tanto em se tratando do número de equipes inscritas quanto do número de trabalhos recebidos. 
Entre os dias 19 e 22 de maio os trabalhos foram expostos no piso térreo do Pólo de Cultura, em Erechim.  Os vencedores foram o Projeto Rincão Erechim, da FURB/Blumenau (1º lugar) e o Projeto Fit House, também da FURB (2º lugar). A UFFS recebeu uma menção honrosa, com um projeto do acadêmico Mateus Subtiel de Souza, orientado pelo professor Murad Jorge Mussi Vaz, do curso de Arquitetura e Urbanismo, de Erechim. Para conferir os demais premiados, acesse o link http://www.construir2011.com.br/resultado.html.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Campus Laranjeiras do Sul realiza Seminário sobre Políticas de Estágio da UFFS

Por Silvana de C. Castilho (Engenharia de Alimentos/Laranjeiras do Sul)

Na última quinta-feira, 19/05, às 19h, no Campus Laranjeiras do Sul, foi realizado o Seminário Políticas de Estágio da UFFS. Neste evento foram discutidos com a comunidade empregadora (pública e privada) da região alguns aspectos, como a importância do estágio para a sociedade de Laranjeiras do Sul e região, a possibilidade de estágio para os cursos oferecidos no Campus, além do funcionamento que operacionalizará o estágio.

Estágio é o conjunto de atividades de caráter acadêmico-profissional e social vinculadas à área de formação do estudante e desenvolvidas em Unidades Concedentes de Estágio (UCEs) devidamente conveniadas para este fim, em conformidade com as exigências da legislação de estágio (Lei Nº 11.788/2008), com os princípios institucionais e com os Projetos Pedagógicos dos Cursos da UFFS.

E como tal, serve para aproximar os estudantes da realidade profissional e social de sua área de formação; fortalecer a formação teórico-prática; fomentar o diálogo acadêmico, profissional e social entre a UFFS e as UCEs; promover o planejamento e o desenvolvimento de atividades de intervenção profissional e/ou social que envolvam conhecimentos da sua área; fomentar a prática do ensino, da pesquisa e da extensão; ampliar a oferta de possibilidades de formação acadêmico profissional e social dos cursos para além dos componentes curriculares obrigatórios.

De acordo com a organizadora do Seminário, professora Fabiana Gramkow, funcionará da seguinte forma: o contato será feito pela UFFS ou pela UCE e o convênio será realizado independente de haver propriamente estágio; as vagas disponíveis serão encaminhadas para o Mural de Estágios do Campus; uma pré-seleção dos alunos será feira, levando em consideração o perfil acadêmico, mas a seleção definitiva será feita pela UCE; a Coordenação de Estágio fará a verificação da consonância com o PPC do Curso; para cada estágio, a UFFS definirá um professor para orientar/acompanhar e a UCE também designará um funcionário para supervisionar/acompanhar; será feita a assinatura do termo de compromisso para realização de estágio. No Estágio Extra-Curricular, um seguro aos alunos será fornecido pela UCE, e no Estágio Curricular o seguro será fornecido pela UFFS.

Os estágios serão de acordo com a área de atuação de cada um dos cursos do Campus Laranjeiras do Sul: Agronomia com Ênfase em Agroecologia, Desenvolvimento Rural e Gestão Agroindustrial, Engenharia de Alimentos, Licenciatura em Educação do Campo E Engenharia de Aquicultura.

O contato deverá ser feito no setor de estágios por e-mail: ls.estagios@uffs.edu.br ou por telefone: (42) 3635-0409.
Conheça Nosso Aluno

Por Projeto Comunica (Laranjeiras do Sul)

Luciellen Silveira dos Santos
Nesta semana, apresentamos a aluna Luciellen Silveira dos Santos, que veio de Curitiba – PR, para cursar Engenharia de Alimentos no Campus Laranjeiras do Sul. “Eu sempre quis cursar Engenharia de Alimentos, tentei em várias universidades, e passei aqui na UFFS. Embora com medo por ser a 1ª turma da Instituição, resolvi arriscar. Minha adaptação em Laranjeiras foi tranquila, apesar de eu ter vindo de uma cidade movimentada e também sem muita segurança. A tranquilidade e a paz que esta cidade proporciona fizeram com que eu tivesse uma melhor qualidade de vida, embora longe da minha família.”



Iniciadas as obras para construção do Campus Laranjeiras do Sul

Por Silvana de C. Castilho (Engenharia de Alimentos/Laranjeiras do Sul)

Conforme informou um dos representantes da Comissão de Implantação do Campus de Laranjeiras do Sul, Fábio Onetta, as obras das estrutura pré-moldada para os laboratórios didáticos já começaram. Já foram feitas a terraplenagem, a locação dos prédios e também estão sendo iniciadas as fundações. As fotos abaixo podem ilustrar bem esse cenário, para alegria de toda comunidade acadêmica de Laranjeiras.



Letras UFFS Chapecó promove I Semana Acadêmica

                                                                                                     Marina Rodrigues/Comunica
Professores da Universidade em um debate sobre gêneros
textuais e ensino de língua portuguesa no Campus Chapecó.
Além da importância acadêmica,  eventos como esse proporcionam
uma interação entre o profissionais da área de Letras.

Por Marina Maria Rodrigues (Letras/Realeza)

A I Semana Acadêmica de Letras da UFFS, Campus Chapecó, teve duração de três dias (17, 18 e 19 de maio) e contou com palestras, mesas-redondas e uma oficina, abordando temas vinculados ao ensino de línguas e literatura, formação de leitores e com um enfoque maior na atuação dos professores de línguas em sala de aula.

O Curso de Letras do Campus Realeza foi representado pelas acadêmicas Marina Maria Conchy Rodrigues e Patrícia dos Santos, e pelo coordenador do Curso de Letras, professor Clóvis Alencar Butzge, o qual fez parte, no dia 19 de maio, de uma mesa redonda que abordava a temática “gêneros textuais e ensino de língua portuguesa”.

O coordenador de Letras comentou sobre a importância de eventos para debater sobre diversas áreas profissionais: “É fundamental que todos os cursos de graduação, na medida do possível, organizem semanas acadêmicas. É um momento importante para todos, docentes e discentes, debaterem rumos da sua área e ouvir profissionais de outras instituições”.

Além disso, o professor Clóvis comentou sobre a pequena participação do Curso de Letras de Realeza: “Essas semanas acadêmicas são eventos voltados, principalmente, para o público local. São abertas ao público externo, mas geralmente não promovem uma divulgação muito ampla. No caso da Semana Acadêmica de Letras de Chapecó, pelo que observei, o público era composto basicamente pelos alunos do Campus Chapecó”.

A acadêmica de Letras Patrícia dos Santos comentou a importância das iniciativas como essa do Curso de Letras do Campus Chapecó: “É um 'abre-portas' para que outros campus promovam eventos como esse. Ao assistir à mesa redonda sobre gêneros textuais, tive oportunidade de ouvir outras vozes, já que participaram além do meu orientador professor Clóvis, professoras de outros campi”.

O coordenador Clóvis informou que já está sendo organizada a Semana de Letras do Campus Realeza, a qual ocorrerá nos segundo semestre. As professoras Ana Carolina Teixeira Pinto e Sabrina Casagrande são as coordenadoras e estão se empenhando em promover um evento que atenda todas as áreas envolvidas, ou seja, linguística e literatura em língua portuguesa e espanhola.

Espera-se que o evento tenha uma abrangência além da comunidade acadêmica, envolvendo o público externo, possibilitando aos participantes atualizar conhecimentos, interagir em debates e enriquecer sua formação.

Direitos dos estudantes

Estão em vigor portarias que auxiliam os acadêmicos na
participação em atividades fora da UFFS

Por Vanessa Pagno (Ciências/Realeza)

Para os acadêmicos, é de extrema importância estar informado sobre as possibilidades de auxílio que a universidade em que estudam tem a lhes oferecer, visando melhores condições de prosseguir na vida acadêmica. Com o objetivo de auxiliar os acadêmicos da UFFS, foram publicadas duas novas portarias no ano de 2011. Uma delas ajuda em todas as despesas que os estudantes possam ter em eventos para a apresentação de trabalho acadêmico, fora da própria instituição. A outra contribui nas despesas com alimentação em atividades realizadas pelos universitários, em municípios fora da cidade.

Conforme consta nas duas portarias, estes auxílios foram criados "para poder contribuir na qualidade da formação dos estudantes da UFFS, sendo que o crédito necessário ao atendimento das despesas fica por conta do orçamento da universidade".

Auxílio à participação de discentes em eventos científicos 

A portaria de número 256 (PORTARIA Nº 256/GR/UFFS/2011) entrou em vigor no dia 18 de março de 2011, estabelecendo os critérios e as orientações referentes à concessão de apoio financeiro aos discentes, para apresentações de trabalho em eventos acadêmicos, em localidade fora do município em que estuda, em território nacional ou em países integrantes do MERCOSUL.

Este apoio ocorre mediante auxílio financeiro, que pode ser usado para a compra de passagens, pagamento de hospedagem, de inscrição no evento e de alimentação, sendo que cada estudante pode ser contemplado com o benefício apenas uma vez por ano.

Para encaminhar solicitação de auxílio, o aluno deve reunir os documentos descritos abaixo, no item Como receber os auxílios?. É necessário que o colegiado do curso ao qual o estudante está vinculado aprove a sua participação no evento requerido. O colegiado deve destacar a importância dessa participação no âmbito da área de formação do estudante.

Para a análise das solicitações, a Diretoria de Assuntos Estudantis (DAE) levará em conta: a previsão detalhada de gastos, o caráter de abrangência do evento e a indicação do colegiado. O Setor de Assuntos Estudantis (SAE) tem o prazo de dez dias para divulgar o resultado da solicitação.

Se o estudante for apoiado pela portaria, ele deve usar a logomarca da UFFS na apresentação de seu trabalho, seguindo o Manual de Identidade da UFFS, sendo que, no campus de Realeza, o responsável por isso é o técnico Christiano Castellano.

Após o término do evento, o estudante contemplado tem o prazo de até cinco dias úteis para comprovar sua participação no evento (por meio de atestado ou declaração de participação em seu nome), além de comprovar, também, as despesas com passagens, inscrição no evento, hospedagem e/ou alimentação. 

Auxílio Alimentação para discentes em atividades acadêmicas em municípios fora do campus em que estão matriculados

Constantemente, os alunos se deslocam para outras cidades para participarem de atividades em laboratórios, que ainda não estão disponíveis na UFFS, ou atividades que são de interesse para a ampliação dos conhecimentos teóricos e práticos dos alunos. A fim de auxiliar os acadêmicos nestas atividades, entrou em vigor a portaria de número 372 (PORTARIA Nº 372/GR/UFFS/2011), publicada no dia 10 de maio de 2011. Nela são definidos os critérios para a disponibilização de auxílio alimentação aos acadêmicos, nas suas atividades realizadas em municípios fora do campus em que está matriculado.

Para que os alunos possam receber este auxílio, o docente responsável pela atividade deve encaminhar ao SAE, com dez dias de antecedência da realização da atividade, o formulário de solicitação preenchido, juntamente com a descrição das atividades a serem realizadas, além de informações sobre os dados bancários dos alunos. 

Após a realização da atividade, é necessário apresentar documentos que comprovem as despesas. É importante destacar a responsabilidade de cada aluno na comprovação dessas despesas. Para isso, o estudante deve apresentar nota contendo seu nome completo e CPF, em até cinco dias úteis, após a realização da atividade.

O que vale para as duas portarias

De acordo com o texto presente nas duas portarias, caso o aluno não apresente os documentos comprobatórios da participação nos eventos acadêmicos ou nas atividades fora da UFFS, ele ficará impossibilitado de se candidatar a outros benefícios da DAE. Além disso, "caso o valor das despesas seja inferior ao valor do auxílio, o estudante deve ressarcir a diferença mediante pagamento de Guia de Recolhimento da União (GRU) em nome da UFFS". Tal guia será emitida pelo SAE do campus, sendo que o prazo de entrega do recibo será até o 15º dia do mês seguinte.

O texto da portaria ainda acrescenta que a contemplação com quaisquer dos auxílios não é válida para justificar ausência em compromissos acadêmicos de ensino. As portarias estão disponíveis no site da UFFS, para quem tiver maior interesse no assunto, basta entrar no link a seguir: http://www.uffs.edu.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=140&Itemid=764

Como receber os auxílios?
Auxílio evento

Para receber este auxílio, os estudantes devem apresentar os seguintes documentos, até trinta dias antes da data do evento:

1. Requerimento preenchido e assinado pelo estudante (Anexo I da portaria);

2. Previsão detalhada de gastos com inscrição, deslocamento, hospedagem e alimentação;

3. Cópia do cartão bancário ou do comprovante de abertura de conta que contenha número da conta, agência e banco para depósito ;

4. Atestado de Frequência emitido pela Secretaria Acadêmica;

5. Comprovante do evento (Site do evento, folder, cartaz, entre outros) constando o título do evento, data, cidade e programação;

6. Cópia de documento de aceite para apresentação do trabalho expedido pela coordenação do evento;

7. Cópia impressa do trabalho a ser apresentado no evento;

8. Ata de reunião do Colegiado com a recomendação de participação. 

Auxílio alimentação

A solicitação do auxílio fica a cargo do docente responsável pela atividade, no entanto, o aluno tem a responsabilidade de apresentar a nota, comprovando as despesas. 

Importante: é importante ficar atento aos prazos e à documentação, já que não serão aceitas solicitações fora do período exigido ou com documentação incompleta.


Notebooks são disponibilizados aos acadêmicos

Acadêmicos agora contam com notebooks emprestados pela
Universidade para auxiliarem nas atividades estudantis

Por Charline Barbosa (Ciências/Realeza)

Com o intuito de auxiliar as atividades estudantis dos alunos da UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul –, a partir do primeiro semestre de 2011 está sendo disponibilizado o uso de notebooks institucionais. Para a compreensão das normas de empréstimo destes notebooks, o COMUNICA entrevistou a bibliotecária Simone Padilha.

O empréstimo será feito apenas para alunos que possuem vínculo com a Universidade, podendo ser utilizados nos finais de semana e feriados ou dentro do campus em horário de funcionamento para necessidades pontuais, podendo, também, ser levados para casa durante 24 horas. Apenas um notebook por vez poderá ser emprestado ao usuário. A Universidade conta com 4 máquinas.

Só será realizado o empréstimo mediante a apresentação do número de identificação da biblioteca e de documento oficial com foto do usuário. Para ser efetuado, o aluno deverá fazer a leitura da documentação de aceitação das normas de empréstimo do notebook, seguido da assinatura para documentar a retirada do equipamento da biblioteca. Ao assinar o documento, o aluno estará ciente das normas obrigatórias a serem seguidas e estará sujeito a penalidades caso ocorram incidentes.

O usuário não poderá emprestar este equipamento a outras pessoas, independente de este ser estudante da UFFS. As configurações dos notebooks não devem ser alteradas e os lacres não podem ser removidos. É importante ressaltar que, em caso de alterações do equipamento após o uso, será aberto processo de sindicância que definirá as penalidades a serem aplicadas ao usuário, sendo de suma importância a necessidade de o aluno verificar as condições antes do uso para evitar possíveis complicações. Caso detectado mau funcionamento, deverá ser comunicado ao responsável pelo empréstimo do equipamento.

O período para realização dos empréstimos dos notebooks que serão usados dentro do campus se dará ao início de cada turno, nos seguintes horários: manhã, às 8h; tarde, às 13h; noite, às 18h). Será disponibilizado 1/3 do número total de notebooks da biblioteca. O empréstimo dos notebooks que serão levados para casa será feito às sextas-feiras ou vésperas de feriados, enquanto a devolução do mesmo deverá ser realizada até às 22 horas da segunda-feira ou no primeiro dia útil após o termino do feriado. 

A fiscalização é feita através do sistema de gerenciamento de bibliotecas, o Pergamum, que controla a data de empréstimo dos notebooks, data de devolução e bloqueamento do acesso ao serviço de empréstimo de notebooks, caso ocorram infrações.

Os alunos que desejarem fazer a reserva do equipamento podem entrar em contato com a equipe da biblioteca.

Educação e Diversidade, um passo à frente para as Licenciaturas

Por Jéssica Pauletti e Will Cândido (Ciências/Realeza)

Neste semestre, os acadêmicos da terceira fase do Curso de Licenciatura em Ciências da UFFS – campus Realeza - estão participando de aulas aos sábados com a disciplina de Educação e Diversidade, ministrada pela Prof. Dra. Neide Cardoso de Moura. As aulas acontecem uma vez por mês, pela manhã, momento em que são abordados temas variados, desde os diversos tipos de preconceitos, a questão da identidade, da violência simbólica até dos gêneros (masculino e feminino).

A aula do último sábado, dia 14 de maio, teve a participação do Prof. Ms. Emerson Martins, o qual, juntamente com a Prof. Neide, trabalhou a questão de gênero, sexualidade e raça no contexto escolar.

O encontro foi iniciado com a realização de uma dinâmica lúdica com brinquedos trazidos pelos próprios acadêmicos, sendo que 4 meninas e 4 meninos foram voluntários nesta brincadeira. A ideia foi inverter o papel, pegando os brinquedos das meninas e entregando aos meninos para que eles pudessem brincar e vice-versa. Apesar do pouco tempo em que estiveram com os brinquedos, os dois grupos, mesmo tentando brincar, não conseguiam fazer aquilo de uma maneira tão prazerosa como se estivessem com os seus próprios brinquedos.

                                                                                                   Pâmela Koerich Ciências/UFFS. 
Acadêmicos durante a gincana de “inversão de papéis”

Após alguns minutos de brincadeira, abriu-se a discussão entre os presentes, na tentativa de entender a forma como um simples brinquedo influência na identidade das crianças, e como o modelo do brinquedo se adapta ao gênero. Isso se apresenta como quase que um “tabu” na sociedade, na qual meninos e meninas têm os seus devidos brinquedos e se acaso o gosto infantil não for este os pais provavelmente vão imaginar que há algo de errado com a criança.

A professora Neide conta ao Comunica o quanto é importante para os futuros docentes da UFFS estarem tendo essa proximidade com a questão dos gêneros. Ela afirma que “para a formação docente é imprescindível trabalhar a questão das diferenças humanas numa tentativa de atenuar a barbárie que assola as escolas brasileiras.” Ela ainda ressalta que, tendo em vista as diferentes discriminações com que nos deparamos na atualidade, aprofundar o conhecimento sobre gênero possibilita-nos uma abertura do diálogo humano sobre as diferenças em questão.

 A sexualidade, na divergência ou aproximação de homens e mulheres, foi um dos temas bastante debatidos na aula. A imposição de que homens e mulheres devem ser entendidos como o casal ideal para a sociedade e o preconceito entre homossexuais é muito forte, e são aspectos que possibilitam ferir a dignidade do próximo sem um argumento plausível de entendimento. “Ser homem e ser mulher não é uma construção instintiva e, sim, uma construção de nossas cabeças”, disse a Profa. Neide durante a aula.

 Em conversa ao Comunica, o professor Emerson nos explica que gêneros e sexualidade são temas que as pessoas não discutem e, quando discutem, levam mais para a ideia de educação sexual, especialmente relacionando a saúde, DST’s, prevenções, gravidez precoce, entre outras. Enfatiza ainda que “as pessoas não sabem falar de outro assunto, em um sentido mais amplo. A tentativa de hoje não é dizer o que é certo ou o que é errado. Vocês, futuros professores, devem ficar mais atentos, prestar mais atenção nas questões de como o professor pode ser ‘violento’, mesmo sem perceber.”

Para os acadêmicos das áreas das Licenciaturas e, principalmente, na figura de futuros docentes, isso é algo que não pode, de maneira alguma, passar despercebido. É importante analisar, além de estudar os fatos e as questões envolvidas no assunto dos gêneros, uma vez que esses temas influenciam tanto na vida escolar quanto na vida social dos estudantes. O professor necessita considerar todas as diferenças, pois o respeito à diversidade é algo que precisa ser muito bem debatido. As pessoas têm que perceber o quanto o preconceito é errado e pode contribuir para um indivíduo mais oprimido na sociedade.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Exposição da cultura imaterial cabocla presente até o dia 29 de agosto para a população de Chapecó e região.

Handressa Louanne Rossi (História/Chapecó)

Na última quarta-feira, dia 18/05/2011, foi realizado no CEOM, Centro de Memória do Oeste/Unochapecó, às 19h30, o lançamento da exposição “Casa de Chão Batido”, a partir da iniciativa do museu municipal de Pinhalzinho. A exposição conta com o apoio do Inventário Imaterial Caboclo, publicado pelo CEOM em 2008.


A partir de fotos, cantigas, ‘causos’, parte de entrevistas e rezas antigas - como a carta celeste ou o terço cantado, que está quase extinto -, a exposição pretende nos aproximar do modo de vida dos caboclos de Santa Catarina. A exposição ficará aberta no CEOM, localizado no segundo piso da estação rodoviária de Chapecó, até dia 29 de agosto.

A abertura da exposição contou com a palestra “Cultura Imaterial Cabocla do Oeste Catarinense”, ministrada por Arlene Renk, doutora em antropologia social, da Universidade do Oeste Catarinense. Arlene destaca que a história cabocla é cheia de lutas e de perdas, não só da terra, mas da sua identidade também. Ao contrário da história dos colonizadores, que é romantizada ao redor de muitas conquistas.

Uma história que muitos não querem contar e que, durante muito tempo, não foi lembrada, ou foi apagada, a fim de esquecer que estas pessoas estiveram aqui. Estiveram e estão! Ainda lutam pelos seus espaços e, muitas vezes, ainda vivem nas sombras de velhos preconceitos.

É necessário ressaltar que o caboclo vive de maneira muito diferente da dos imigrantes europeus, em um sistema de subsistência, no qual a religiosidade é um aspecto muito acentuado, em especial a crença nos monges. Acreditam que a terra, e tudo o que está nela, só pertence a Deus, não vendo motivos para a ganância desenfreada dos colonos.

Historicamente, os caboclos eram alheios a compra e venda da terra, sendo descartados, de modo brutal, pelo sistema capitalista que estava nascendo aqui.

Jair Antunes, membro da associação “Puxirão dos Caboclos”, narra aspectos da história de sua família e explica o que acontecia na nossa região no início do sec. XX:

...meu avô foi morto, na beira do rio Irani, se você perguntar ao seu avô, por exemplo, ele vai dizer que eram um bando de gente sem parada, que assaltavam os lugares por onde passavam. Mas eram pessoas de bem, das quais tudo foi tirado, e que não podiam parar porque eram perseguidos, e nem mais tinham direito a um pedaço de terra [...] meu pai tinha 16 anos quando ele morreu, foi uma emboscada, e o meu pai passou a viver se escondendo pelos matos, até os últimos anos da vida, se via muito movimento perto da ‘taperinha’ onde morava, pegava e ia embora [...] foi um longo processo até que meu pai contasse totalmente essa história, ele não queria que pensássemos que o seu pai era ladrão. [...] essa historia é importante não só para a minha família, mas para um resgate histórico de toda uma época.

Os trabalhos do Puxirão vêm se articulando desde a década de 1970, mas a associação só se efetivou em 2000. A partir daí, vem fazendo um resgate histórico e cultural caboclo, para fortalecer cada vez mais o modo de viver sem ganância e o orgulho de ser caboclo.

Por hora, a associação está se organizando para comemorar a “Festa do Divino”, na comunidade de Linha Almeida, no dia 12 de junho. A entrada será franca, basta levar um prato de comida para compartilhar, porque a festa é de comemoração e não para pagar!

Mais informações sobre “Puxirão dos Caboclos” podemos encontrar no Inventário da Cultura Imaterial Cabocla, no CEOM, e no site http://encipecom.metodista.br/mediawiki/images/1/1a/GT3-_09-_Manifesto_Caboclo-varios.pdf com o Manifesto Caboclo.
CURSOS DE GEOGRAFIA 2010 E 2011 FAZEM SUAS SAÍDAS DE CAMPO PREVISTAS PARA O SEMESTRE

Por Seli Teresinha Leite (Geografia/Erechim)

A partir da movimentação feita com a união de acadêmicos de vários cursos da UFFS-Campus Erechim em 21/03/11 contra a redução do orçamento para diárias e locações de veículos para viagens divulgado pelo Ministério da Educação, os cursos de Geografia 2010 (3º fase) e Geografia 2011 (1º fase) tiveram asseguradas as locações de veículos e também diária e alimentação para suas respectivas saídas de campo, que são indispensáveis ao complemento curricular.

A turma da 3º fase foi para Santa Maria e fez várias paradas durante o trajeto para que os acadêmicos pudessem fazer análises práticas, dando continuidade ao que aprenderam em sala de aula, verificando desde o afloramento das rochas ígneas intrusivas e metamórficas até a distribuição urbana das cidades pelas quais passaram.

Saída de Campo da 3ª fase a Santa Maria

Já a turma da 1º fase fez a sua saída de campo para a Usina Hidroelétrica de Itá (UHI) onde tiveram a oportunidade de analisar os impactos causados a população e a toda região de seu entorno com a construção da usina.

Saída de campo da 1ª fase a Itá

Segundo o Professor Dilermando Cattaneo da Silveira, coordenador do curso de Geografia da UFFS-Erechim, “as saídas de campo têm grande importância porque vivenciamos na prática o que aprendemos na teoria, já que o campo é o grande laboratório do curso de Geografia. Além disso, experimentamos várias técnicas e procedimentos metodológicos de informações e conhecemos diferentes realidades”.
Sustentabilidade em discussão no ambiente escolar



Por Jéssica Amroginski (Engenharia Ambiental e Energias Renováveis/Erechim)


No campus Erechim, os projetos de extensão estão em andamento. Um deles, o projeto Escola Sustentável: construindo novos olhares sobre a questão ambiental, que é coordenado pela Professora Nauíra Zanardo Zanin,  teve início em março de 2011, e vêm sendo realizado na Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo, na cidade de Erechim.

Esse trabalho é desenvolvido com a ajuda de 14 professores de diversas áreas do conhecimento da UFFS e conta também com a participação de 2 alunos bolsistas e 2 alunos voluntários. Direciona-se à toda comunidade escolar da Escola Érico Veríssimo: professores, estudantes, funcionários, e também aos pais dos estudantes.

O objetivo desse projeto é realizar atividades que permitam o diálogo de saberes com a comunidade escolar sobre o tema da sustentabilidade. Para isso, estão sendo realizadas oficinas teórico-práticas com duração de 4 horas cada uma, que abordam temas relacionados à sustentabilidade em suas multi-dimensões. As ações são divididas nos seguintes sub-temas: águas, bosques, agricultura urbana agroecológica, arquitetura sustentável, energias alternativas e economia popular solidária. Cada um desses assuntos é debatido entre os professores e também são sugeridas ações sustentáveis relacionadas a essas temáticas, como oficina de captação da água da chuva, recolhimento de lixo e plantio de árvores nativas, oficina de mosaicos e tintas naturais, entre muitas outras ações.

Esse projeto cria novos olhares sobre a questão ambiental, preservação e recuperação do ambiente local. É uma excelente prática que possibilita à comunidade escolar aprender um pouco mais sobre a importância da preservação do ambiente e também refletir sobre a sustentabilidade.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Entrevista: professor Anderson Alves Ribeiro


 Por Vanessa Freiberger e Jéssica Amroginski (Engenharia Ambiental e Energisas Renováveis/ Erechim)

Conforme informa o Lattes, Anderson André Genro Alves Ribeiro  possui graduação em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e doutorado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005). Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim. Tem formação na área de Teoria Geral de Partículas e Campos.

O professor Anderson é também coordenador do Curso de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis. Em entrevista ao projeto Comunica, ele respondeu questões pertinentes ao curso, sua carreira e perspectivas da Universidade.


Comunica:  O senhor tem formação em Física. Como é a atuação na área de Engenharia? Há uma relação direta, sobretudo no caso da ambiental?

Minha atuação na engenharia já vem desde 2005, quando lecionei na UFRGS para os cursos de Engenharia Química e Engenharia Elétrica, e depois na Unisinos, onde lecionava para Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação. A física, assim como a matemática, é o conhecimento básico de todas engenharias. No caso da ambiental, além destas, a química e a biologia entram como fundamentos. Esta é a ligação da física com a engenharia, como ciência de base, um dos alicerces.


Comunica: Qual é o seu papel como coordenador do curso?
O coordenador do curso tem uma função pedagógica, de acompanhar as atividades de ensino do curso e garantir que as orientação do Projeto Pedagógico do Curso estejam sendo cumpridas e de acompanhar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Nesta tarefa, o coordenador é auxiliado pelo Núcleo Docente Estruturante do Curso. Além desta, tem uma tarefa administrativa de organização do colegiado do curso e das avaliações de pedidos de transferência, de aproveitamentos, de planejamento das atividades e da estrutura para suas execuções e diversas outras atividades diárias do curso.




Comunica: Quais as expectativas do curso de Engenharia Ambiental?
O curso tem um grande potencial.  Duas são as razões principais para esta afirmação: a) O Brasil está numa fase de crescimento econômico e de expansão em todas as áreas, este fato já foi noticiado em muitos jornais e mesmo pelo nosso reitor na abertura da semana acadêmica. Este crescimento necessita fortemente de engenheiros, de todas as áreas, pois o desenvolvimento tecnológico e suas consequências aumentam a demanda por estes profissionais. b) O curso de Engenharia Ambiental é novo em relação a outras engenharias, desta forma a necessidade por estes profissionais é ainda maior, principalmente neste cenário de crescimento onde a degradação ambiental e a necessidade de controle e tratamento de resíduos é maior. Desta forma, a expectativa é que o curso cresça, que tenha programas de pós-graduação associados. Claro que isto demanda tempo, não será da noite para o dia.


Comunica: O corte de verbas(março 2011) afetou de alguma forma o curso?
O curso não foi diretamente afetado pelos cortes de orçamento, uma vez que apenas as despesas administrativas, com diárias e passagens, foram afetadas de maneira mais forte. O impacto que pode haver é na questão de novos concursos, que também tem restrição. Porém a Universidade, na figura de sua administração superior, está buscando alternativas e temos uma certa tranquilidade, pois a UFFS tem garantido pela sua lei de criação a contratação de muitos professores ainda.


Comunica: A UFFS possui algum vínculo/parceria com alguma empresa que possa oferecer trabalho nesta área?
A UFFS, através do Setor de Estágios, está buscando convênios para o oferecimento de estágios para seus alunos.

Comunica: O que falta melhorar na estrutura, para garantir um melhor ensino aos acadêmicos?
A Universidade está em fase de implantação, de forma que muitas coisas ainda não estão ótimas. Porém, estamos trabalhando muito para garantir o melhor ensino para os acadêmicos, fazendo convênios para utilização de espaços de que ainda não dispomos. O que falta está sendo projetado e planejado, como os prédios próprios, as instalações dos laboratórios, da moradia estudantil e o restaurante universitário. O prédio principal já está em construção, os prédios dos laboratórios já foram licitados e estão aguardando o licenciamento ambiental para o início  das obras, enquanto que os outros prédios já estão em fase final de projeto para licitação.

Projeto Acessibilidade e Inclusão na UFFS- Campus Erechim

Por Seli Teresinha Leite (Geografia/Erechim)

O acesso ao ensino público e de qualidade é um direito assegurado a todos. Para atender aos requisitos de pessoas com necessidades especiais, “o Ministério da Educação, considerando o disposto na Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e no Decreto nº 2.306, de 19 de agosto de 1997” (MOREIRA; MICHELS; COLOSS, 2006, p. 23) determinam alguns requisitos básicos, como mobilidade e disponibilidade de equipamentos adequados, que devem ser incluídos como condições mínimas para o acesso dessas pessoas no ensino superior.

No entanto, o que percebemos é que grande parte das universidades está despreparada para atender alunos com necessidades especiais (MASINI; BAZON , 2004). Na UFFS/Erechim não é diferente: “aqui, contamos com a presença de uma intérprete de língua de sinais (Libras), mas não temos ainda um 'ledor' para atender deficientes visuais”, comenta Antônio Marcos Pumi, aluno do campus, com deficiência visual e auditiva.

Pensando nisso, está em desenvolvimento um projeto intitulado Acessibilidade e inclusão na UFFS-Campus Erechim: perspectivas teóricas e práticas, sob coordenação do Pedagogo Marcelo Luis Ronsoni, com o auxílio de Andrea Cássia Schneider e de duas bolsistas.

Andrea afirma que “esse projeto tem o intuito de desenvolver os primeiros passos na busca de poder atender com qualidade o ensino e aprendizagem do aluno Antônio e de outros que virão, visto que tanto a instituição quanto a inclusão são muito recentes e, por isso, há certa falta de informação em como proceder diante dos desafios impostos com a inclusão”. Porém, para que o processo de inclusão tenha sucesso é preciso ir mais além, buscando a concretização de ações que de fato façam a diferença, como mais professores especializados em língua de sinais e ledores para auxiliar acadêmicos com deficiência auditiva e visual, ampliação da biblioteca com obras em braile e informática acessíveis a cada caso de deficiência. Esse seria o primeiro passo, pois sabemos que a caminhada para a verdadeira inclusão é longa e cheia de barreiras que deverão ser transpostas uma após a outra, oportunizando a pessoa com necessidades especiais a ter uma vida digna dentro do contexto social em que vive.

Por enquanto, o método utilizado busca atender a demanda imediata, editando textos e livros em formato mais acessíveis ao referido aluno com deficiência visual e escrita em braille. Depois disso, pretende-se discutir e debater o assunto com toda comunidade acadêmica buscando a conscientização de que o deficiente é normal dentro de suas limitações, com condições de desenvolver-se, aprender, produzir e socializar-se. Espera-se, com este projeto, possibilitar o conhecimento sobre o tema e planejamento institucional de ações que venham ao encontro de amenizar as dificuldades que estas pessoas tem para poder estudar e conseguir concluir um curso superior, e conforme consta no projeto, em última instância, fomentar a criação de um núcleo de acessibilidade no Campus Erechim, contribuindo também com a comissão de implantação do novo Campus.


Em busca de qualificação para a universidade

Em busca de aprimoramento no atendimento a deficientes físicos, alguns servidores da UFFS, campus Erechim e Chapecó, no dia 13/5/11, se deslocaram até o Núcleo de Atendimento à Pessoas com Necessidades Especiais (NAPNE), do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do (IFRS) Campus Bento Gonçalves-RS, com o propósito de obter informações acerca da experiência do IFRS no que tange à inclusão de pessoas com necessidades especiais em cursos técnicos e superiores (com atenção especial à deficientes visuais e auditivos).
NAPNE - qualificação no IFRS-Bento Gonçalves
No encontro foram mostrados os materiais já produzidos, os espaços com acessibilidade, projetos para o Ministério de Educação e Cultura (MEC), além dos cursos propostos aos docentes e profissionais da área. Espera-se que com o uso das informações obtidas junto ao NAPNE possam ser criados debates “sobre inclusão, acessibilidade e também ajuda na criação de Núcleos de acessibilidade nos Campus de Erechim e Chapecó” (SERVIDORES...).


Em busca de formação e inclusão

Um exemplo de inclusão, foco do projeto descrito acima, é o deficiente visual e auditivo Antônio Marcos Pumi, que perdeu a visão e a audição com 17 anos em um acidente de trânsito. Atualmente cursa o primeiro semestre de Ciências Sociais. Para ele, a busca por um curso superior é uma forma de “se tornar independente perante a sociedade”. Para conseguir chegar a universidade, Antônio contou com a ajuda e estímulo de várias pessoas e uma professora de braile que o ensinou a ler neste novo tipo de linguagem.

Antônio - aluno da UFFS/Erechim

Mesmo com vontade de continuar os estudos após concluir o Ensino Médio, ele diz que “tinha um pouco de medo, pois sabia que seria um grande desafio”. Depois de uma tentativa (2009) frustrada, em 2010 Antônio conseguiu a aprovação no Enem. Dentre as opções que a UFFS dispunha, optou pelas Ciências Sociais por considerá-la a mais próxima da Psicologia que era seu sonho cursar. “Estou muito contente com o curso, pois estou começando a compreender melhor algumas coisas. Além disso, essa é uma experiência ímpar, um novo modo de ensino e aprendizagem”. 

REFERÊNCIAS
  
MOREIRA, H. F.; MICHELS, L. R.; COLOSSI, N. Inclusão educacional para pessoas portadoras de deficiência: um compromisso com o ensino superior. Escritos sobre educação, [online], v. 5, n. 1, p. 19-25, 2006. Disponível em: . Acesso em: 13 maio 2011.

MASINI, E. F. S.; BAZON, F. V. M. A inclusão de estudantes com deficiência, no ensino superior. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 28., 2005, Caxambu, MG. Anais... Caxambu: [s.n.], 2005. Disponível em: . Acesso em: 13 maio 2011.

SERVIDORES da UFFS visitam NAPNE. Jornal Bom dia, Erechim, 17 fev. 2011. Geral.