Por Vanessa Freiberger (Engenharia Ambiental e Energias Renováveis/Erechim)
No último dia 20 de abril, foi realizada uma exposição de instalações, montada no "bosque" na frente do seminário Nossa Senhora de Fátima, das turmas de Arquitetura e Urbanismo, do Campus Erechim. O objetivo da atividade, segundo os organizadores, foi o de "espacializar através de construções efêmeras, de breve duração, sentimentos e percepções relativos ao corpo em contato com o espaço". Para isso, o ponto de partida foi o livro As Cidades Invisíveis, do italiano Ítalo Calvino.
As Cidades Invisíveis seriam metáforas das nossas construções mentais e ,paralelamente, da incessante busca humana por significados. Ao aproximar essa metáfora da Arquitetuta, pode-se notar que também as construções são feitas a partir da nossa memória, que lhes dá valor e significado. A memória é o pilar dessas construções, que estão interconectadas e vinculadas em nossos espaços geométricos através de ruas, cantos, esquinas (simbólicas).
Imagem: exposição do curso de Arquitetura e Urbanismo |
Segundo a Professora Daniella Reche, coordenadora do curso, com esse tipo de trabalho leva-se os alunos à compreensão de que a Arquitetura é apreendida a partir dos sentidos. Há então possibilidade de aplicação do que foi desenvolvido na exposição a todos os demais projetos com os quais os acadêmicos (e futuros profissionais) se depararão ao longo do curso e de sua vida profissional. Além disso, a atividade incentivou o trabalho em equipe, como forma de desenvolvimento do indivíduo em grupo, e de contato real com a manipulação de diferentes materiais.
Imagem: exposição do curso de Arquitetura e Urbanismo |
Reche destaca ainda um desafio aos alunos - a construção em escala real, de um espaço que instigue aos demais usuários e que ao mesmo tempo sustente-se por determinado tempo. Esse seria o primeiro exercício de materialização de uma intenção projetual que traduziria os conceitos discutidos em cada um dos grupos.
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