A Pós-Colheita agrícola é tema de pesquisa na
UFFS
Por Jéssica Amroginki (Engenharia Ambiental/ Erechim)
Mais um projeto de pesquisa está sendo desenvolvido no campus Erechim. O trabalho é coordenado pelos professores Lauri Radünz e Altemir Mossi. O tema pesquisado é "pós-colheita". De acordo com um dos coordenadores, pós-colheita é a área de armazenagem de grãos e tem a função de evitar a flutuação de preços e de ofertas de produtos. Armazenagem é a guarda de produtos de origem vegetal, visando a evitar ao máximo maiores perdas quantitativas e qualitativas. O projeto de Iniciação Científica começou as atividades em agosto de 2011 e estende-se até julho de 2012.
Um dos coordenadores, o professor Lauri Radünz, respondeu a algumas questões pertinentes ao projeto, para ressaltar o que impulsionou a realização dessa pesquisa e também quais são os seus objetivos.
Comunica: Qual foi o motivo que levou à criação desse projeto?
Lauri Radünz: O motivo da criação do projeto é o fato de que as perdas ocasionadas por insetos e pragas na armazenagem de grãos são bastante significativas, e segundo alguns autores, pode chegar a 10 % de toda a produção; essa perda reflete-se na qualidade e quantidade do produto. Uma estimativa baseada nessa perda é que cada 1% de perda está na ordem de R$ 50 milhões em prejuízos.
Comunica: Quais são os objetivos com a realização desse trabalho?
Lauri Radünz: Os objetivos principais da realização dessa pesquisa podem ser divididos em dois: o primeiro é reduzir a perda de grãos causadas por insetos através de controle com produtos bioativos, que são nada mais que produtos provenientes de plantas em geral e podem ser utilizados também para produtos orgânicos. O segundo objetivo é obter novos métodos de controle dessas pragas, além dos químicos que existem atualmente, evitando a contaminação dos produtos com resíduos de agrotóxicos.
Comunica: Como estão sendo organizadas as pesquisas? Já existem testes em andamento com os produtos bioativos?
Lauri Radünz: As atividades do projeto baseiam-se em encontros semanais para estudar trabalhos envolvidos com essa temática. São feitas leituras e debate de artigos científicos e de demais assuntos pertinentes. Já foram realizadas coletas e preparo das plantas, extraindo seus princípios ativos, porém ainda não foram realizados testes de controle de pragas com os compostos bioativos, essas atividades estão previstas no decorrer das pesquisas.
Segundo Lauri Radünz, o projeto conta com a participação de quatro alunos bolsistas, dois da FAPERGS e dois do CNPQ, e mais dois alunos voluntários, todos acadêmicos do curso de Agronomia.
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