quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Muita química, paisagens lindas e a sensação de que tudo valeu a pena

                                                                         Jéssica Pauletti (Comunica/UFFS)
Camiseta dos alunos do curso de Química da Unioeste

Por Flavia Rommel e Jéssica Pauletti (Ciências/Realeza)

Como a semana passou rápido! Por quê? Bem, não é sempre que se tem um evento de química na região sudoeste paranaense para participar. Vindo ao encontro do Ano Internacional da Química, o ano de 2011 vai ser ainda mais lembrado, pois entre os dias 17 e 20 de outubro ocorreu o II Congresso Paranaense de Educação Química (CPEQUI), na cidade de Toledo, nas dependências da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).


O evento foi organizado pelas instituições paranaenses de ensino superior que mantêm os cursos de química ligados à educação: são estas instituições a já citada Unioeste, ademais Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Universiade Estadual de Londrina (UEL); Universidade Estadual de Maringá (UEM); Universidade do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro); Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Paranaense (UNIPAR). Mesmo não participando efetivamente da organização do congresso, a Universidade Federal da Fronteira Sul esteve representada pelas acadêmicas Flavia Luane Rommel e Jéssica Pauletti, ambas do curso de Licenciatura em Ciências do Campus Realeza. Além delas, participou também a Técnica em Assuntos Educacionais Rosana Leite, que é formada em química pela UNIOESTE.

Um dos principais objetivos do evento foi o encontro entre professores, pesquisadores e estudantes paranaenses e demais interessados em debater assuntos relacionados a temas da Educação Química e, desse modo, refletir acerca das possibilidades de melhorar essa área no estado do Paraná. Outro fator a se destacar é a socialização e discussão de ideias e produções a respeito da Quimíca, bem como sobre o papel do professor desde a sua formação até a atuação na sala de aula.

A programação foi extensa e atendeu ao gosto dos participantes. Houve exposições, sendo a principal a da Semana de Ciência e Tecnologia, a qual fez uma viagem da química desde o passado até o presente. Esta exposição foi realizada dentro do Campus da UNIOESTE/Toledo, nas barracas montadas pelo exército. Ocorreram também palestras, mini-cursos, oficinas, mostra de material didático, mesas redondas e sessões coordenadas.

Dentre as atividades, vale destacar o minicurso “Química no Ensino Fundamental”, ministrado pelas professoras Dra.Tathiane Milaré e Me. Leila Inês Follmann Freire (UEPG). Foi um espaço dividido em dois momentos. No primeiro, os participantes foram divididos em grupos e cada um tinha que identificar a química dentre os conteúdos do quinto ao nono ano, com base nas diretrizes curriculares do estado do Paraná. Feito isso, cada grupo expôs aos demais o que encontrou e discutiu com todos o que era relevante.

Na outra parte do minicurso, as ministrantes trouxeram alguns apontamentos de como trabalhar a química no ensino fundamental. De acordo com elas, o ideal seria que o professor partisse de temas que abrangessem as três áreas que compõem as ciências naturais, ao invés de conteúdos fragmentados nas séries, que é o que se tem hoje. Elas destacaram, no entanto, que, para isso, é necessário um empenho do poder público, da escola e dos professores no sentido de promover, tanto nos documentos oficiais, quanto na estrutura pedagógica escolar, uma integração entre as três áreas. Isso seria importante, pois colocaria o estudante em contato com conteúdos específicos de uma forma simples. Por exemplo, o aluno saberia que na fotossíntese existe uma reação química em jogo, envolvendo o carbono, no entanto, este conteúdo só seria aprodundado nas séries finais

Outra parte do evento muito interessante foi a sessão coordenada “Os Jogos didáticos”, ministrada pelas professoras Me. Silvia Costa Beber e Dra. Marcia Borin da Cunha juntamente com o Grupo de Pesquisa do Núcleo de Ensino de Ciências (NECTO) da UNIOESTE, coordenado por essas. Nesta sessão, discutiu-se a validade do uso dos jogos no ensino de química. Além disso, foram discutidos os resultados parciais de uma pesquisa sobre trabalhos apresentados em eventos sobre química. O grupo que participou do minicurso, juntamente com as professores, chegou à conclusão de que os jogos desenvolvidos estão concentrados no trabalho com a nomenclatura e com a tabela periódica, sendo raros na área de físico-química. Percebeu-se também que os jogos desenvolvidos são, na grande maioria, de tabuleiros e cartas.

Além das inúmeras atividades, durante o evento houve apresentações culturais como a Banda do Exército; Capoeira Arte Luta ; Violino - Viviane Ribeiro e Química em Show. Nesses espaços, a integração entre os participantes foi total, pois ali puderam trocar informações e ideias tanto sobre o Congresso como do lugar de onde eram oriundos.

No meio de tanta aprendizagem, também arrumou-se uma forma de explorar a cidade de Toledo. E quanta coisa para ver! Deixamos algumas dicas aos nossos leitores sobre lugares que podem ser visitados naquela cidade. Uma boa pedida é o Aquário Municipal. Também vale visistar o Parque das Aves, o Lago, o Teatro, a Prefeitura, entre outros locais. Além das belezas de Toledo, muitas amizades foram feitas, pessoas simples do Paraná que nos conquistavam a cada conversa, a cada passeio.

                                                                                         Jéssica Pauletti (Comunica/UFFS)
 Flávia Rommel e Luana Pachece
apreciando o Lago Municipal
Simplesmente foi um congresso fantástico, com muitas novidades, amizades, reflexões acerca da química e principalmente do ensino. O II CPEQUI ficará marcado, tanto em termos sociais como acadêmicos. Fica o convite para a participação de todos no próximo evento daqui a dois.

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