quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Solenidade de encerramento do I SIMUFFS

Na sexta, dia 17 de setembro, foi encerrado o I SIMUFSS com palestra
sobre educação e emancipação humana.

Encerramento contou com grande participação do público.
Por Ângela Roman e Leandro Hillesheim (UFFS-Realeza)
 
Em grande estilo, na última sexta-feira, dia 17 de setembro, ocorreu o encerramento do I Simpósio Multidisciplinar da Universidade Federal da Fronteira Sul (I SIMUFFS). O evento foi realizado na Casa da Cultura de Realeza e contou com uma palestra final e com apresentações culturais de vários gêneros. Os trabalhos da noite foram conduzidos pelo Prof. Ms. Júlio Trevas.

Após a abertura, houve o agradecimento e entrega de lembranças aos servidores, que colaboraram para a realização do evento, bem como à organizadora, Profa. Ms. Caroline Voltolini. Posteriormente, passou-se a palavra para o diretor geral do campus, Prof. Dr. João Alfredo Braida que, em nome da Universidade, agradeceu a todos pela grande participação no Simpósio.

A palestra de encerramento foi ministrada pela Profa. Dra. Silvana Aparecida de Souza, com o tema “Educação e Emancipação Humana no século XXI”. Ela fez a análise da conjuntura da sociedade atual, apresentando paradigmas presentes nesta.
Público assiste à palestra da Profa. Silvana Ap. de Souza
 Segundo a Professora, na sociedade ideal a educação deveria se valer de três grandes funções: interação social, espaço de transmissão de conhecimento histórico-cultural e preparação para o trabalho; contudo, no âmbito capitalista, há uma precarização da graduação dos professores, falta de estrutura dos ambientes, diferença entre educação pública e particular e o reduzido apoio do governo.

Uma das soluções que a Professora apresentou são as escolas integrais, nas quais os estudantes participariam de várias atividades socioeducativas que contribuiriam para uma formação completa. Porém, o problema está no sistema que limita a atuação dos professores. Além dos pontos destacados anteriormente, são salientados os baixos salários, salas lotadas e livros didáticos de conteúdo desqualificado.

Toda essa problemática é ocultada pela mídia que aliena as pessoas, com a ideologia que o lucro vem antes do homem. Portanto, o homem se torna apenas um meio de uma minoria conquistar o lucro. A disseminação do conhecimento científico proporcionaria o equilíbrio social de oportunidades, contrariando as regras do poder capitalista.

Para contribuir com a penosa situação, o governo não dá suporte para o desenvolvimento educacional, destinando pouca verba para esse setor. Dessa forma, de que vale realizar congressos entre professores se não será acatada uma das maiores reivindicações dos docentes, que é a injeção de mais recursos?

Tudo isso acontece porque o governo acaba por financiar o privado, deixando o modelo da educação pública como modelo de incompetência.

Finalizando, Silvana enfatiza que a emancipação humanista se tornará concreta a partir do momento em que os indivíduos inseridos na sociedade percebam a gigantesca e crescente diferença que há entre os mesmos, que começa já no âmbito educacional.

Apresentação do Hino dos Movimentos Estudantis.
Para encerrar o evento, a comunidade acadêmica foi prestigiada com a apresentação do Hino dos Movimentos estudantis (“Para não dizer que não falei das flores” – Geraldo Vandré). A melodia expressa a vontade dos universitários em prol da instituição e da luta contra os problemas sociais que vão além da educação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário