quarta-feira, 8 de junho de 2011

HISTÓRIAS, CINEMA E EDUCAÇÃO NA UFFS

Handressa Louanne Rossi (História/Chapecó)

O cinema é um grande método de divulgação e produção de cultura. Aliado, de maneira correta, à educação e à historiografia, pode influenciar, ainda mais, toda uma sociedade.


O debate sobre o cinema como um artifício pedagógico está longe de terminar. Pensando nisso, promover a discussão, dentro da universidade, discutir possibilidades de maior integração entre cinema e ensino, faz-se necessário. Isso principalmente entre os alunos das licenciaturas, futuros educadores e maiores interessados em explorar melhor o cinema.

A partir dessa temática, a professora Noeli Reali idealizou o “Histórias, Cinema e Educação”, com o objetivo de construir um fórum multidisciplinar, democrático e inclusivo de debates acerca de movimentos sociais, culturais, políticos, religiosos e econômicos. Com o recorte temporal que vai da Idade Antiga à Idade Média, e com uma temática pré-estabelecida, é exibido um filme a partir do qual se faz o debate, com ênfase na desconstrução das impressões superficiais e no contexto de criação da obra.

Os debates iniciaram no dia 30/05, a partir do tema “a chegada ao novo mundo e o código pedagógico jesuítico”, com o filme Inglês “A Missão”, de Ronald Joffé.

A programação segue dia 28/06, sob o tema “O poder, a guerra e a oratória”, com o filme 10.000 a.C, um drama norte americano dirigido por Ronald Emmerich. Dia 08/07, o tema será “o guerreiro, a educação, o poder e as mulheres”, com o filme “Alexandria”. Um filme espanhol, sob a direção de Alejandro Amenábar.

O ciclo encerra dia 12/07, com o tema “Igreja, educação e poder”, partindo de uma produção francesa, alemã e inglesa, de Jean-Jacques Annaud, “O Nome da Rosa”.

Segundo Noeli, é necessário tratar a obra assistida como um livro, no qual deve ser interpretado, primeiramente, o seu contexto de elaboração, quem produziu, para quem e em que época. Tais questões contribuem para maior fundamentação das discussões, com base em aportes teórico-analíticos mais consistentes.

Diante do pressuposto, espera-se que a iniciativa de Noeli esteja entre as primeiras de muitas outras: instigar acadêmicos e comunidade em geral para a construção de ambiente universitário com debates abertos, no qual o conhecimento seja cada vez menos privado e as diferenças mais respeitadas.

Seria ótimo poder divulgar, daqui por diante, não só iniciativas de docentes, mas também de acadêmicos, como grupo de teatro, dança, poesia, pintura, que possam aproximar os alunos das mais variadas manifestações culturais. Fica o desafio!

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