terça-feira, 28 de junho de 2011

Debate sobre Políticas Públicas na UFFS movimenta Unidade Bom Pastor - Chapecó

Handressa Louanne Rossi (História/ Chapecó/SC)


Atividades de debate estão presentes em todo o ambiente universitário. Não só nas mesas redondas do auditório, mas também nas salas de aula, nos corredores, no saguão e no que julgamos, às vezes, simples conversas com colegas. São espaços pequenos, a primeira vista, mas a quantidade de ideias promissoras que surgem nesses espaços é enorme, sem falar na troca de conhecimentos e no quanto são saudáveis as interlocuções de pontos de vista divergentes.

Um dos temas em debate atual, diz respeito às políticas públicas da universidade. Na última semana, com o objetivo de esclarecer as dúvidas da comunidade acadêmica foi realizado, no campus Chapecó, na unidade Bom Pastor, um debate sobre o tema “educação superior e assistência estudantil, políticas públicas”, contando com a presença do Magnífico reitor Jaime Giolo e dos professores Clóvis Brondani e Mauricio Bozatski.

O professor Clóvis iniciou sua fala a partir das ideias do polêmico filósofo americano John Rals, autor do livro “uma teoria da justiça”. O propósito central de Clóvis foi questionar os presentes sobre o que é justiça e como ela pode ser interpretada de maneiras contrárias, dependendo do contexto no qual se encontra e dos interesses que giram ao seu redor.

O exemplo de Rals foi excelente, devido a ele ter sido criticado tanto pelos liberais norte-americanos, como por alguns marxistas. Sua proposta central diz respeito a um meio termo entre capitalismo e socialismo, a partir da humanização do capital.

As falas de Jaime e Maurício vieram mais ao encontro da realidade da UFFS, abordando principalmente as políticas públicas da nossa universidade. Destacaram dados sobre a educação pública superior no Brasil, desde 1988, e sobre o que já foi conquistado e o que ainda falta para a UFFS. Os pontos de maior enfoque foram relacionados às bolsas de iniciação acadêmica e de permanência. O tema gerou muitas opiniões contrárias quanto aos métodos de seleção e corte de alunos em caso de reprovação.

É importante ressaltar que esses métodos vão se aperfeiçoando constantemente, e que todas as opiniões que buscam um sistema melhor são bem-vindas. Prova disso foi o diálogo aberto que esse momento proporcionou.

Esse foi apenas um, dos vários debates que estão acontecendo o tempo todo dentro da universidade. Cabe aos discentes a participação ativa dentro deles. Aproveite os vários ambientes de debates que estão se formando dentro da universidade, o que pode começar com um simples grupo de estudo, pode amanhã ser um trabalho que mude, para melhor, a realidade da nossa região.

Boas ideias devem estar sempre em movimento!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Alunos de licenciatura da UFFS são contemplados com bolsas do PIBID

Por Vanessa Pagno (Ciências/Realeza-UFFS)

No último dia 30 de maio foi aberto o edital para seleção de bolsistas para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, o PIBID, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Além de Realeza, os outros campi da UFFS, exceto o campus de Laranjeiras do Sul, estão desenvolvendo este projeto.

O PIBID é um programa que oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos que frequentam cursos presenciais de licenciatura, que passam a desenvolver atividades em escolas de rede pública. O principal objetivo do PIBID é o de antecipar o vínculo entre os futuros professores e as salas de aula.

No campus de Realeza, os cursos de licenciatura em Letras e Ciências contam com projetos do PIBID, sendo que, no curso de Letras, o coordenador do projeto é o professor Dr. Sérgio Roberto Massagli. Já no curso de ciências, a coordenação está com o professor Me. Marcos Leandro Ohse.

Os coordenadores dos projetos presidiram a avaliação dos alunos inscritos para a seleção, que disponibilizava, para o curso de ciências 20 vagas, e para o curso de letras 6 vagas. As entrevistas de seleção ocorreram nos dias 07 e 08 de junho. Além da entrevista, os acadêmicos também entregaram, no ato da inscrição, uma carta de intenções, que deveria discorrer sobre seus objetivos como aluno do PIBID.

O resultado final foi divulgado no dia 10 de junho. Para o curso de ciências, foram 20 acadêmicos selecionados e outros 10 compõem a lista de espera, estes que serão convocados caso haja necessidade de substituição de bolsista por quaisquer motivos. No curso de letras foram 6 bolsistas selecionados e outros 3, a exemplo do curso de ciências, compõem a lista de espera.

Para o desenvolvimento do projeto é essencial o trabalho com as escolas, já que o foco de atuação do PIBID é a prática docente. As escolas selecionadas para o desenvolvimentos do projeto de ciências foram o Colégio João Paulo II e o Colégio Doze de Novembro. Neste último também será desenvolvido o PIBID do curso de Letras.

O Comunica conversou com o coordenador do PIBID de ciências, o professor Me Marcos Leandro Ohse, que salienta a importância do projeto para o acadêmico de licenciatura: "É a maneira que o acadêmico tem de participar dos desafios da docência, ele poderá atender alunos que tem dificuldades de aprendizado, auxiliando-os, aprenderá a falar em público, produzir artigos, textos científicos, por isso é enorme a importância de um projeto como esse do PIBID, que além de ter duração de dois anos, há a possibilidade de a bolsa ser renovada".

O professor Marcos comenta quais foram os critérios considerados para a seleção dos candidatos: "Os candidatos receberam uma nota pela carta de intenções, onde constava seu interesse pelo projeto e, também passaram por uma entrevista, na qual foram considerados aspectos pedagógicos e até psicológicos, como, por exemplo, a questão de tempo disponível que o aluno tem para se dedicar ao projeto, os objetivos do aluno, de que forma o projeto pode auxiliá-lo, sendo avaliado seu histórico na universidade, se ele já participou de algum projeto de extensão, se sabia do que se tratava o projeto, entre outros aspectos".

Ele ainda frisou que o encontro inicial do projeto será no dia 15 de junho de 2011, às 14:00 horas, nas dependências da UFFS, quando será realizada a primeira reunião de atividades do PIBID. Depois disso o projeto será apresentado nas escolas, para os pais e professores. As atividades desenvolvidas no projeto terão duas etapas, na primeira os bolsistas efetuarão reforço nas escolas, aos alunos do ensino médio, nas áreas de ciências, sempre no contraturno de aula dos alunos. Na segunda etapa, os bolsistas prepararão artigos, seminários, farão atividades referentes à disciplina de licenciatura em ciências.

Quanto ao PIBID de letras, o professor Sérgio também contou ao Comunica a importância do PIBID: "A participação do licenciando em letras num projeto como esse é muito relevante para a sua formação, já que este poderá desde logo estabelecer uma aproximação tão desejável entre teoria e prática, que vá além das atividades do estágio, que são realizadas mais ao final do curso, e proporcione ao futuro docente uma experiência mais aprofundada do cotidiano escolar. No caso dos alunos do curso de Letras, essa relação se dará a partir das disciplinas específicas do curso, principalmente aquelas que se ocupam da leitura como campo de reflexão".

Quanto aos critérios avaliados na seleção dos candidatos, o professor Sérgio destacou dois itens principais: a clareza na descrição do percurso acadêmico construído pelo candidato e também as intenções com a melhoria do processo de formação inicial docente vivenciado pelo candidato e a importância do PIBID para que essa melhoria ocorra.

Ele ainda frisou que as atividades começarão na segunda quinzena de junho e terão duas etapas. Na primeira etapa, os alunos participarão de reuniões para elaboração dos projetos que serão desenvolvidos nas escolas, além de realizarem leitura e discussão de textos teóricos, leitura e discussão do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e estudos para o trabalho nas escolas. Já, na segunda etapa, além dos grupos de estudo e leitura reunirem-se na UFFS, é a hora de o PIBID ir para a escola fazer a aplicação daquilo que foi planejado. O foco do trabalho do PIBID de letras será a leitura e o desenvolvimento desta nas atividades escolares e seu despertar para além da escola.

Umas das contempladas com a bolsa do PIBID, a aluna Jéssica Pauletti, da terceira fase do curso de ciências, falou da importância deste projeto para a sua formação: "Eu espero que o PIBID possa me auxiliar no início da minha prática docente, visto que pretendo relacionar o teórico com o prático. Além disso, acredito que as demais atividades desse projeto venham a contribuir em minha formação acadêmica".

A aluna Patrícia dos Santos, da terceira fase do curso de letras, também comentou sobre a importância do PIBID para ela: "Acredito que minha formação como docente será ampliada, já que poderei vivenciar experiências reais de ensino. O PIBID irá promover uma interação entre a escola e a Universidade, há muito que se aprender com os professores em atuação e também com os alunos. Fazer parte desse universo é a concretização de um desejo que, há muito tempo, visa colaborar para a melhoria da educação no país".

Segue abaixo a lista com os candidatos aprovados dentro do limite de vagas de cada curso:




Acadêmicos da UFFS Realeza participaram de Encontro da Sociedade Brasileira de Física

Por Will Cândido e Jéssica Pauletti (Ciências/Realeza-UFFS)

Aconteceu entre os dias 05 e10 de junho de 2011, na cidade de Foz do Iguaçu, o Encontro de Física 2011, que foi promovido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF). Na oportunidade, a SBF estava comemorando seus 45 anos de existência. O objetivo do encontro foi aproximar as diferentes áreas da física no país buscando melhorar a interação da comunidade dos físicos e suas especialidades, além do início da integração da Física na América Latina.

Cerca de 27 acadêmicos e o professor Dr. Clóvis Caetano da UFFS, campus Realeza, puderam participar desse evento na terça-feira, dia 07 de junho. Neste dia, foram assistidas palestras relacionadas com a história da física, as formas de pesquisa na ciência e como o educador se posta mediante o aprender e o ensinar.

Para falar sobre a viagem de estudo, o professor Clóvis Caetano contou ao Comunica que esse Encontro de Física é o maior evento de Física realizado no Brasil, reunindo professores, pesquisadores e estudantes. Aproveitando que um evento dessa magnitude aconteceu próximo a Realeza, pensou-se logo em levar alguns acadêmicos. Ele lembra que foi preciso entrar em contato com a Sociedade Brasileira de Física, que concedeu isenção das inscrições para todos os estudantes do campus.

O professor Caetano também fala que suas expectativas foram alcançadas, visto que, apesar de os acadêmicos ficarem apenas um dia, vários desses se disseram satisfeitos com a viagem e já estão na expectativa pela próxima. Ele destaca que é importante participar de eventos científicos, pois propicia um crescimento para a carreira acadêmica através do contato com estudantes e pesquisadores de outras partes do Brasil e do mundo. É uma maneira de se conhecerem outras realidades e o que se está fazendo, em termos de pesquisa científica, nesses lugares.

Uma das palestras assistidas falava sobre a História da Filosofia na Ciência (HFC), a qual trazia o quanto é importante o trabalho dos conteúdos com a socialização aberta a sugestões. A Profa. Dra. Isabel Martins, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse, durante a palestra, que devemos “estranhar coisas que consideramos resolvidas”. Um exemplo disso é o uso da linguagem como uma ferramenta de comunicação. Essa linguagem é, além de tudo, utilizada na constituição e na formação do indivíduo.

Em conversa com o Comunica, a acadêmica Flávia Rommel destacou a importância de realizar essas viagens de estudo: “Elas contribuem para o aperfeiçoamento dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, e também ajudam a ampliar a visão dos acadêmicos em relação às discussões atuais na área das Ciências.” Como sempre gostou muito de física, Flávia conta que, para ela, essa viagem foi de suma importância: “a viagem me trouxe novos conhecimentos, principalmente na área da Física, a qual quero seguir. Tive a oportunidade de ver um pouco mais sobre questões como o ensino de Física nas escolas, que, nos últimos tempos, está passando por algumas dificuldades.”

Um pouco do sabor da espanhol


Projeto de extensão proporciona a seus participantes minicurso de culinária

                                                                                                                                   Divulgação
Participantes do minicurso de culinária espanhol no restaurante
Bistrô no momento mais esperado a degustação dos
aperitivos feitos no curso, um momento de confraternização.


Por Marina Maria Rodrigues (Letras/Realeza)

O projeto de extensão “Língua e Cultura Hispânicas”, que está sendo coordenado pelos professores Ana Carolina Teixeira Pinto e Marcos Roberto da Silva do Curso de Letras Português e Espanhol, Campus Realeza, ofereceu aos participantes um minicurso de culinária espanhola.

 O minicurso aconteceu no dia 01 de junho no restaurante Bistrô, ministrado, é claro, pelo próprio Chef Júlio Cesar Leão Pedroso. A oficina iniciou com uma breve história sobre os sabores espanhóis, da tradição culinária e quais os pratos que na Espanha fazem maior sucesso.

Em seguida os 13 participantes foram divididos em grupos menores, em que iriam aprender e fazer algum prato tipico espanhol. O primeiro grupo contava com três participantes, Flávia Rommel, Jerald Hiroki e Marta Bonatti, e ficou encarregado de fazer a “sangria”, bebida típica espanhola com vinho, água gaseificada e frutas, conhecido no Brasil como “ponche”.

A outra equipe contou com mais três alunos, Edson Sinhorin, Josiane Ribeiro e Maria Eduarda Collaço, os quais fizeram “tortilla de batata”, um prato que está presente diariamente na mesa dos espanhóis, muito semelhante a um omelete, mas um pouco mais recheado.

O Chef Júlio também ensinou a fazer “tapas”, aperitivo muito conhecido no Espanha pelo sabor e pelo efeito de decoração, são servidas como aperitivos. As alunas responsáveis por esse prato foram Débora Zeni, Marina Maria Rodrigues e Noeli do Santos.

Um dos pratos mais esperados para o almoço foram as “empanadas”, consistem em pastéis assados, o sabor varia, na Espanha cada lugar costuma fazer um recheio. As empanadas do almoço foram feitas por Tiely Pedroso, Rayane Ribeiro, Ronaldo Piccoly e William Cândido.

Após tanto trabalho, o almoço foi saboroso, com mérito do Chef e de todos os que se empenharam. Com certeza foi uma boa experiência para todos os que participaram. O minicurso aconteceu de forma rápida, descontraída e com muito trabalho.

 O resultado da oficina poderá ser apreciado nos próximos dias 01 e 02 de julho, na Feira Cultural Hispânica, quando haverá tendas em exposição para apresentar ao público acadêmico e externo um pouco da cultura espanhola, inclusive a culinária.

Diretório Acadêmico da UFFS realiza 2ª UFFEST

Não restam dúvidas: UFFEST já é tradição da Universidade!

Por Charline Barbosa (Ciências/Realeza-UFFS)

Aos 10 dias do mês de julho do ano de 2010, realizou-se a 1ª UFFEST, a Festa dos Universitários da UFFS, organizada pelo diretório acadêmico da UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul –, Campus Realeza.

A tranquila cidade de Realeza, por não estar acostumada com novos moradores, com novas ideologias e com formas diferentes de se viver daquelas aqui existentes, muitas vezes, acaba por limitar a aproximação da comunidade com os estudantes, ou com qualquer indivíduo diretamente ligado à Universidade.

Quanto mais a Universidade toma forma, mais aptidão os indivíduos terão para se relacionar com a comunidade acadêmica. A UFFEST, entre outros eventos, traz oportunidades para promover tais aproximações.

A festa de 2010, realizada na Bold's Dance de Realeza, foi animada pelo Dj Chico e pela dupla sertaneja Anderson e Geyson. Segundo o então presidente do Diretório Acadêmico, o acadêmico de Medicina Veterinária Daniel Vargas, a escolha das animações se deu pela questão de preços: “optamos pelo que era mais acessível”. Daniel ainda afirma que “a festa surgiu com o anseio da diretoria em arrecadar fundos para o diretório, mas, preferencialmente, pela demanda dos acadêmicos por uma festa que compreendesse toda a comunidade acadêmica e o público externo”.

Em entrevista ao COMUNICA, Daniel relata que, apesar de empecilhos, como a aprovação de festas pela prefeitura municipal e a liberação tardia, além do fato de ter sido a primeira festa organizada pelos membros do diretório, tudo ocorreu bem. “Todos os acadêmicos foram empenhados na divulgação do evento. Temíamos o fracasso, afinal, o diretório acadêmico não possuía sequer um centavo e iniciamos a festa com saldo negativo”, diz Daniel.

A festa teve a participação de um público considerável e, por ter sido a primeira festa realizada pelos acadêmicos, teve um lucro favorável. “A festa foi tranquila, não houve nenhuma briga”, ressalta Daniel.

Como esperado, esse ano não foi diferente, e a festa foi realizada. No dia 04 de junho de 2011, nas dependências do Realeza Country Club, reuniram-se alunos, professores, técnicos e a comunidade externa, a fim de prestigiar o evento: a 2ª UFFEST.

A festa, que contou não só com a parceria da prefeitura municipal de Realeza, mas, também, com acadêmicos dispostos a ajudar na liberação, organização e divulgação, além de patrocinadores, alcançou os objetivos propostos.

Segundo a atual presidente do Diretório Acadêmico, a acadêmica de Licenciatura em Ciências Jéssica Pauletti, a festa foi organizada com apenas um mês de antecedência de sua realização e “tivemos trabalho, pois, além de pensar em toda organização, havia também a preocupação em relação à animação e ao local para realização”.

Depois de definido o local para a festa, faltavam patrocínios, licença da polícia, além da divulgação que, entre outras preocupações, é visivelmente importante. A festa contou com, aproximadamente, 700 pessoas, resultando em um lucro satisfatório. A animação ficou por conta da banda de Rock'n Roll Babilina, de Cascavel, contando também com a presença dos Dj's Helinho, de Realeza, e Maurício Pandha, de Quedas do Iguaçu.

“O pessoal do diretório se empenhou para fazer uma boa festa e, apesar do frio, foi boa”, ressalta Jéssica. Da mesma forma que ano passado, este ano também surgiram elogios e críticas, auxiliando, assim, para a realização de outras festas.

Discussões sobre o jovem do campo são pautadas em seminário da UFFS/ Realeza

                                                                                     Por Tani Angonesi/Med. Veterinária UFFS
A palestra tratou das relações de gêneros que se encontram
nas famílias do campo, a qual pode ser considerada um
forte indício da saída do jovem do campo.

Por Jéssica Pauletti e Will Cândido (Ciências/Realeza-UFFS)

Foi realizado na UFFS/Realeza o I Seminário sobre a Juventude Rural no Século XXI, que aconteceu do dia 01/06/2011 ao 03/06/2011. Os principais temas debatidos giraram em torno do êxodo ou permanência dos jovens no campo. Esses temas envolveram questões como a dicotomia do jovem urbano e campesino, a forma como a educação no campo é feita, as divergências de gênero presentes nas famílias e a força que o agronegócio impõe sobre os agricultores, desanimando-os diante da sua profissão.

Na noite do dia 01, na Casa da Cultura, realizou-se a cerimônia de abertura do seminário com a fala do diretor do campus Prof. Dr. João Alfredo Braida, o qual elogiou o acontecimento desse seminário, visto que grande parte dos acadêmicos da UFFS são filhos de agricultores.

As palestras de quarta à noite discutiram assuntos que envolveram a juventude rural no século XXI e a educação no campo. A primeira palestra, ministrada pela Profa. Dr. Sueli Martins, do curso de Geografia da Unioeste de Francisco Beltrão, evidenciou como a sociedade trata o jovem, olhando para ele como um problema. A professora argumenta que, apesar de o jovem ser uma categoria ampla, há especificidades que os diferenciam, como o local onde moram, onde trabalham, horários a cumprir e, desse modo, não se analisam todos os jovens de maneira igual.

A professora Sueli destaca que, tanto fatores econômicos quanto culturais levam à saída do jovem do campo. E essa realidade só vai mudar a partir do momento em que o jovem ganhar voz e vez na sociedade, quando ele deixar de ser um problema e passar a ser uma solução. O jovem de hoje quer o melhor dos dois mundos, do conservador e do moderno. Ele procura lutar por isso, visto que quer viver sua vida.

A segunda palestra, ministrada pela professora Dr. Solange Von Onçay, da UTFPR de Dois Vizinhos, abordou o tema da educação no campo. Ela expôs as dificuldades de existirem escolas no campo, bem como a permanência de jovens nesses locais. A professora destaca que é necessário um grande trabalho para melhorar a qualidade de vida do agricultor, e é isto que motivará sua permanência no campo e o trabalho de forma mais digna.

A acadêmica do curso de Medicina Veterinária Malu Bassanesi, que esteve presente durante todas as palestras, conta o que mais chamou sua atenção durante o seminário: “o que mais me chamou atenção foi o incentivo dos palestrantes para que os jovens que saíram de casa em busca de um ensino superior voltem e apliquem em suas próprias propriedades o que aprenderam durante a sua formação. Mas, ao meu ver, não é tão simples assim. Não vim do interior da minha cidade, mas, pelo que percebo, nenhum jovem (no caso, um futuro veterinário) quer voltar para casa e ganhar o mesmo que uma pessoa que não tem diploma ganha para cuidar de animais.” Encerra dizendo que “um dos grandes objetivos de fazer uma boa faculdade, além da realização profissional, é ganhar um bom salário para ter lazer e qualidade de vida. Contudo, vai de cada um saber o que é melhor para si.

O acadêmico Tiago Fronchetti, também do curso de Medicina Veterinária, em conversa com o Comunica, dá a sua opinião a respeito do tema debatido: “tendo em vista a maneira como se encontra a situação financeira das pequenas propriedades rurais atualmente, é difícil dizer para alguém ficar no interior, principalmente os jovens.” Enfatiza ainda que a abertura da UFFS nessa região é uma excelente opção para a saída dos jovens do campo. “Com a formação superior, dificilmente alguém retornará ao campo. Como a região não tem grandes propriedades de terra, é inviável, por exemplo, um veterinário ficar em uma pequena propriedade rural.”

Além dos debates e discussões sobre a permanência da juventude no meio rural, também ocorreram palestras sobre relações de gênero e identidade, além da exposição de quadros com fotografias de Sebastião Salgado.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

I Semana Acadêmica de Letras – Campus Chapecó - UFFS

Por Marília Spingolon (Campus Chapecó)

Entre os dias 17 e 19 de maio aconteceu na UFFS campus Chapecó a 1° Semana Acadêmica do curso de Letras Português e Espanhol, com o tema: “Formação e atuação do profissional de Letras, desafios e perspectivas”.

O evento contou com a presença de professores da própria Universidade, além de convidados dos campi de abrangência da UFFS: Cerro Largo, Realeza, Laranjeiras do Sul e também com a participação de docentes de outras Universidades da região e do estado de Santa Catarina – UFSC e FURB.

Para dar início ao encontro acadêmico a convidada da UFSC professora Dra. Maria José Damiani Costa, conduziu a Conferência de Abertura, palestrando sobre a importância do “Estudo dos gêneros textuais e suas práticas sociais: a produção em sala de aula de LE”. A abordagem do tema da construção social envolvida na elaboração textual e a importância de meios externos para a construção de sentidos no texto foi o foco da palestra que envolveu a dialética dos gêneros e tipologias textuais.

Após a abertura oficial participaram de uma mesa redonda representantes da GERED da região oeste do estado, para discutirem o tema: “Desafios da formação e atuação dos professores de LE”, esclarecendo algumas dúvidas do público ouvinte quanto ao exercício da função do profissional de Letras.

A polêmica envolvida na adaptação das escolas ao decreto que sanciona como obrigatória a oferta da língua espanhola no currículo escolar, e que, no entanto é de escolha facultativa dos alunos, também foi discutida. As discussões abriram caminhos para uma aproximação entre a comunidade acadêmica e a Secretaria de Educação, para que juntos possam buscar ante o estado as reivindicações que permitam garantir a melhora das condições de ensino.

A Semana Acadêmica também proporcionou aos participantes, elaborar estratégias de apoio, tanto para auxiliar na pesquisa em determinado campo que abrange a área de Letras, quanto na trajetória do próprio curso e que futuramente ajudarão em sala de aula. Foram apresentadas ferramentas de auxílio para a apresentação das disciplinas e formas de avaliação destas no decorrer da prática profissional.

As palestras do evento abordaram temas variados, como a literatura, o ensino de língua portuguesa e língua espanhola, reflexões e experiências de professores de outras universidades, educação básica, o envolvimento da universidade com o aluno egresso, o embate das propostas curriculares e a realidade das salas de aula, hoje no cenário educacional brasileiro.

Por fim os debates e as mesas redondas alimentaram as dinâmicas de modo a produzir grandes debates e questionamentos, para que possamos pensar um futuro próximo de maneira democrática e propor reformulações visando à qualidade do ensino de línguas.

Pensando em ações que visem esclarecer ao estudante, dúvidas quanto a sua área de atuação e para a formação de cidadãos críticos, capazes de transformar a sua realidade de maneira a propor reflexões sobre ela, a 1° Semana Acadêmica de Letras do Campus Chapecó foi apenas o início de um encontro que com certeza irá carimbar presença em muitos outros anos, trazendo propostas novas de ensino e formas de refletir sobre as línguas diferentes que possibilitarão à comunidade acadêmica envolvida, muitas formas de estudo , pesquisa e extensão.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

HISTÓRIAS, CINEMA E EDUCAÇÃO NA UFFS

Handressa Louanne Rossi (História/Chapecó)

O cinema é um grande método de divulgação e produção de cultura. Aliado, de maneira correta, à educação e à historiografia, pode influenciar, ainda mais, toda uma sociedade.


O debate sobre o cinema como um artifício pedagógico está longe de terminar. Pensando nisso, promover a discussão, dentro da universidade, discutir possibilidades de maior integração entre cinema e ensino, faz-se necessário. Isso principalmente entre os alunos das licenciaturas, futuros educadores e maiores interessados em explorar melhor o cinema.

A partir dessa temática, a professora Noeli Reali idealizou o “Histórias, Cinema e Educação”, com o objetivo de construir um fórum multidisciplinar, democrático e inclusivo de debates acerca de movimentos sociais, culturais, políticos, religiosos e econômicos. Com o recorte temporal que vai da Idade Antiga à Idade Média, e com uma temática pré-estabelecida, é exibido um filme a partir do qual se faz o debate, com ênfase na desconstrução das impressões superficiais e no contexto de criação da obra.

Os debates iniciaram no dia 30/05, a partir do tema “a chegada ao novo mundo e o código pedagógico jesuítico”, com o filme Inglês “A Missão”, de Ronald Joffé.

A programação segue dia 28/06, sob o tema “O poder, a guerra e a oratória”, com o filme 10.000 a.C, um drama norte americano dirigido por Ronald Emmerich. Dia 08/07, o tema será “o guerreiro, a educação, o poder e as mulheres”, com o filme “Alexandria”. Um filme espanhol, sob a direção de Alejandro Amenábar.

O ciclo encerra dia 12/07, com o tema “Igreja, educação e poder”, partindo de uma produção francesa, alemã e inglesa, de Jean-Jacques Annaud, “O Nome da Rosa”.

Segundo Noeli, é necessário tratar a obra assistida como um livro, no qual deve ser interpretado, primeiramente, o seu contexto de elaboração, quem produziu, para quem e em que época. Tais questões contribuem para maior fundamentação das discussões, com base em aportes teórico-analíticos mais consistentes.

Diante do pressuposto, espera-se que a iniciativa de Noeli esteja entre as primeiras de muitas outras: instigar acadêmicos e comunidade em geral para a construção de ambiente universitário com debates abertos, no qual o conhecimento seja cada vez menos privado e as diferenças mais respeitadas.

Seria ótimo poder divulgar, daqui por diante, não só iniciativas de docentes, mas também de acadêmicos, como grupo de teatro, dança, poesia, pintura, que possam aproximar os alunos das mais variadas manifestações culturais. Fica o desafio!

COMUNICA Realeza

Leia mais textos produzidos pelo Projeto Comunica do Campus Realeza da UFFS.
Os textos dessa semana são:

Pense, reflita
Por Will Candido (Ciências/Realeza)
http://projetocomunica.blogspot.com/2011/06/pense-reflita.html

Realeza,
Cidade em transformação
Por Marina Maria Rodrigues (Letras/Realeza) e Vanesso Pagno (Ciências/Realeza)
http://projetocomunica.blogspot.com/2011/06/realeza.html

Polêmica envolve livros didáticos de língua portuguesa
Por Charline Barbosa (Ciências/Realeza)
http://projetocomunica.blogspot.com/2011/06/polemica-envolve-livros-didaticos-de.html

O ingresso para um futuro melhor
Por Bruna Madey Dalarosa e Daniela da Rosa (Col. Est. Doze de Novembro/Realeza)
http://projetocomunica.blogspot.com/2011/06/o-ingresso-para-um-futuro-melhor.html

Explorando Realeza
Por Maria Eduarda Collaço
http://projetocomunica.blogspot.com/2011/06/explorando-realeza.html

Ler para aprender

                                                                                                       Christiano Castelano/UFFS
Marina Possa e Bruna Moresco, acadêmicas de
veterinária na biblioteca do campus.

Por Jéssica Pauletti (Ciências/UFFS)

Para que qualquer profissional tenha uma boa formação é fundamental a leitura? Para responder a essa pergunta, o Comunica conversou com integrantes da UFFS Campus Realeza na intenção de entender como a leitura é importante para a formação acadêmica e social.

Para início da nossa investigação, que tal uma visita a um magnífico local, a biblioteca. Para nos receber, estava a posto a bibliotecária Simone Padilha, a qual se dispôs a falar conosco. A princípio, ela nos informa que os acadêmicos preferem levar os livros para casa do que ler na biblioteca, apesar de existir um espaço para leitura aos fundos da biblioteca e que foi aberto nesse semestre. Simone entende que a cultura da maioria dos acadêmicos não é de permanecer ou até mesmo frequentar a biblioteca, mas ela espera que esse hábito seja disseminado entre todos.

Ela nos afirma também que a procura é maior por áreas específicas, principalmente química e bioquímica, além da procura por livros estar voltada conforme indicação ou demanda de trabalhos pelos professores. Mas ela também acredita que se tivesse outros tipos de livros como gibis, contos, literatura, os acadêmicos iriam buscar essas leituras.

Perguntada se a leitura é importante para a formação acadêmica, a bibliotecária Simone diz que a “leitura é fundamental para se ter o conhecimento amplo, é necessário ao acadêmico formar uma visão global e não se deter a matérias específicas ou leituras pontuais”. A bibliotecária cita como um bom exemplo o blog Litera, do professor Saulo Gomes, que procura proporcionar aos acadêmicos a terem acesso à leitura fora de suas profissões, o que gera um uma formação mais consistente.

Simone também lembra que infelizmente a biblioteca do Campus não está completa, devido a todos os impasses do início da universidade, mas isso não quer dizer que não se tenha outros caminhos para a leitura, como exemplo a Biblioteca Municipal.

Sob o ponto de vista acadêmico, Sarajane Marciniak, do Curso de Nutrição, explica o quanto a leitura é válida na formação acadêmica, e principalmente na profissão dela. Ela diz que a leitura “é essencial”, visto que um bom nutricionista deve sempre estar atualizado, com tantas inovações e descobertas que ocorrem, ler torna-se um ato indispensável e extremamente importante na nossa área. Ela ainda salienta que é através da leitura que se amplia o conhecimento, e se busca explicações para todas as dúvidas.

Não é só nas áreas das humanas que o ler é relevante, e a respeito disso o professor de Física, Clóvis Caetano, expõe seu depoimento: leitura “é mesmo muito relevante”. Ele entende que saber interpretar corretamente um texto é um atributo imprescindível para se estudar, ensinar e fazer Ciência. O professor Caetano destaca que isso se torna mais claro ainda no campo da Física: “Noto que parte da dificuldade que alguns alunos têm na disciplina resulta da falta de prática de leitura”. E ele ainda lembra que “uma vírgula pode alterar completamente o significado de um frase. Então, a precisão na escrita é indispensável em qualquer Ciência Exata”.

Como visto, todos os depoimentos dados orientam que a leitura é essencial para a formação acadêmica e social. Muitos talvez achem chato ficar lendo, ou pensam que isso é uma perda de tempo. Mas da forma em que os fatos acontecem e as informações circulam no mundo, saber o que está acontecendo pode ser o diferencial.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A importância da matemática

Por Leandro A. da Luz (Agronomia com Ênfase em Agroecologia/Laranjeiras do Sul)

É possível perceber o uso da matemática em boa parte de nossas tarefas cotidianas. O uso dela vai desde o controle do orçamento doméstico ao mais complexo cálculo na área da engenharia. Na hora em que a dona de casa, por exemplo, separa um valor para as compras domésticas e, após fazê-las, confere o troco que recebe, bem como quando em um empréstimo calculamos os juros empregados, procedemos à conferência do valor total a ser pago, ao somarmos as parcelas, e ainda quando calculamos o consumo de combustível de um carro e o seu desempenho, calculando o custo por litro, estamos usando a matemática.

Mas, de uma forma geral, as pessoas não estão acostumadas à ideia de que quase tudo está relacionado a esse campo de conhecimento. Nesse sentido, relembramos a importância desse conhecimento tanto para a vida cotidiana e, principalmente, para a atuação profissional de estudantes das ciências agrárias e demais engenharias. Passemos a falar do profissional da Agronomia, um dos cursos do Campus Laranjeiras do Sul.

Para o mestre Josuel Alfredo Vilela Pinto, agrônomo e professor no Campus Laranjeiras do Sul, “agronomia é uma ciência que abrange a física, a química, a matemática e a biologia. E, portanto, a matemática é um instrumento de suma importância que está inteiramente ligada às engenharias”.

Segundo o professor, a matemática é importante na utilização de conceitos básicos da desta formação, por ser imprescindível na sistematização de áreas agrícolas, como na topografia, estando ainda presente na geometria plana, nos cálculos de áreas de polígonos, e mais especificamente em hidráulica e irrigação. Em hidráulica é importante para calcular volume de barragens e represas; na irrigação, para calcular a força de uma bomba no bombeamento da água, além de também calcular a água gasta com pivô central e a máxima eficiência do aproveitamento da água no decorrer do ciclo da planta irrigada.

O professor reitera ainda que “a matemática está presente na mecanização agrícola e maquinaria agrícola”. Neste último caso, ela é importante para calcular todo o custo das máquinas; naquele primeiro, para dimensionar qual melhor máquina se adapta a cada propriedade, qual rodado e semeadeira são ideais para determinado tipo de solo para, assim, suprir a demanda de trabalho do agricultor. A matemática também é empregada na extensão, administração e economia rural, aplicada para calcular o valor bruto e agregado de uma Unidade de Produção Agrícola (UPA), no planejamento administrativo e ainda para calcular a máxima eficiência econômica nos cultivos agrícolas.

Considerando, então, que usamos matemática em praticamente tudo, precisamos tê-la como nossa melhor amiga e cultivarmos uma relação de “amor” com ela. Estudantes de Agronomia ou qualquer outra Engenharia também precisam ser “craques” nesse assunto.
UFFS participa de Programa de Desenvolvimento Educacional em Laranjeiras do Sul

Por Leandro Antonio da Luz (Agronomia com Ênfase em Agroecologia/ Laranjeiras do Sul)

UFFS Laranjeiras do Sul continua a expandir sua atuação. Ao ser procurada por professores da rede estadual de ensino médio, passou a integrar o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, uma especialização que equivale a um mestrado, com o curso Tópicos em Filosofia Contemporânea, ministrado pelo professor Mariano Sanchez.

O curso é realizado todas as quartas-feiras, das 9h às 12h, e no período vespertino, das 13h30min às 16h30min, com duração de 6h por encontro, totalizando 24h de curso, ao longo de quatro semanas.

Os temas abordados são os fundamentos filosóficos da modernidade e a crítica a esses fundamentos, baseando-se em Manoel Kante, com os fundamentos, em Marx, com a racionalização e em Nietzsche, com sua crítica à metafísica moderna.

O curso terá certificação pela UFFS para dezessete dos vinte participantes. Neste curso, enfoca-se a filosofia, mas permanentemente a discussão volta-se para temas do cotidiano das escolas estaduais da região. A Universidade continua a abrir suas portas para atuar em parceria com o ensino estadual.
Conheça nosso Aluno

Por Projeto Comunica (Laranjeiras do Sul)

Diana Baldin
Nessa semana a aluna é Diana Baldin, que veio da cidade de Porto Barreiro - PR, e cursa a 3ª fase do curso de Agronomia. “Escolhi o curso porque gosto dessa área, por ser filha de agricultor e também pela localidade da Universidade. Estou gostando muito do curso, a universidade ainda está com pouca estrutura, mas mesmo assim estou gostando. E os professores são muito bons.”



Projeto Cidadania na Comunidade

Por Janne Karlla Torres Silva (Agronomia/Laranjeiras do Sul)

Nessa semana o Comunica apresenta o projeto Cidadania na Comunidade, coordenado pela professora Nádia Teresinha da Mota Franco, que conta com a colaboração de 21 estudantes, entre eles 2 bolsistas.

O projeto visa debater entre os estudantes os principais estatutos jurídicos vigentes no ordenamento jurídico brasileiro, e assim apresentar para a comunidade de Laranjeiras do Sul para que tenham maior conhecimento sobre seus direitos.

Na apresentação do projeto constam os seguintes objetivos:

• Divulgar os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal da República Federativa do Brasil, promulgada em 05.10.1988;

• Divulgar o Estatuto da Criança e do Adolescente, editado pela Lei no. 8069, de 13.07.1990;

• Divulgar o Estatuto do Idoso, editado pela Lei 10.741, de 01.10.2003;

• Divulgar a Lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, editada pela Lei no. 11.340, de 07-08-2006, conhecida como Lei Maria da Penha.

Os acadêmicos além de debater as leis, irão visitar entidades locais com o intuito de verificar o cumprimento dessas regras na região de Laranjeiras do Sul.

Integrantes do Projeto, da esquerda para a direita: Ivonete, Rodrigo, Ana, Newton e a prof.ª Nádia.

A prática como componente curricular

Por Marília Spingolon (campus Chapecó)

A licenciatura transporta consigo a responsabilidade de participar ativamente do processo de aprendizagem dos cidadãos ingressantes na vida escolar. A importância da formação oferecida aos professores é, portanto, fundamental para o sucesso desta experiência. Deste modo, a Universidade Federal da Fronteira Sul, preocupada em formar profissionais que atendam a demanda de nossa região de maneira qualitativa, contempla em sua matriz curricular dos cursos de licenciatura atividades pedagógicas denominadas de PCC (prática como componente curricular).

A forma com que estas atividades serão desenvolvidas nos cursos está sendo pensada pelo corpo docente de nossa universidade, de modo a promover o exercício dos graduandos à apresentação de trabalhos orais, simulando uma mini-aula sobre determinado assunto que compreenda a ementa das disciplinas específicas de cada curso. Aplicações como estas nos permitem estabelecer familiaridade enquanto estudantes com a prática pedagógica do ensino, visto que há grande expectativa por parte do indivíduo que cursa o caminho da licenciatura quanto à sua própria desenvoltura enquanto futuro professor.

Os PCCs são apresentados em sala de aula pelos dicentes e avaliados pelo professor correspondente à disciplina em questão agindo como instrumento de medição e orientação do exercício de educar baseada em critérios que determinam à harmonia do ensino como; a postura enquanto futuros membros da instituição social responsável pela educação, o conhecimento que se tem quanto ao tema apresentado, a determinação do tempo e a própria estabilidade emocional do praticante quanto à responsabilidade de falar em público.

Esta experiência é, portanto, uma maneira de aproximação entre o futuro profissional e a responsabilidade deste grau universitário (licenciatura), que junto à formação oferecida pela universidade proporciona a possibilidade de exercer o magistério do ensino, onde o laboratório começa na própria sala de aula.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A cidade em debate: a UFFS dialogando com Erechim
 

Por Andrei Vanin  (Filosofia/Erechim)

Projetos de extensão são muito importantes pois constituem uma ponte entre a Universidade e a sociedade. Levando essa importância em consideração, no dia 31 de maio ocorreu o lançamento do projeto de extensão intitulado A cidade em debate: a UFFS dialogando com Erechim, no Auditório da UFFS, Campus Erechim. O projeto tem como objetivo “debater com representantes de organizações sociais e do Poder Público de Erechim temáticas voltadas a estrutura urbana e a políticas públicas”.

Para tanto, serão realizadas cinco reuniões para debater “educação, cultura e lazer, estrutura urbana, saúde e desenvolvimento local.” A  abertura do projeto teve a fala do professor Paulo Bittencourt e do professor Ulisses Pereira de Mello, respectivamente diretor acadêmico e articulador de extensão do campus Erechim. Num segundo momento, o professor Murad Jorge Mussi Vaz falou sobre “viver na cidade” e a professora Isabel Gritti sobre o “o processo histórico de formação de Erechim”. Por fim, o coordenador do projeto, professor Clovis Schimitt Souza, apresentou a estrutura e o funcionamento do projeto de extensão.

No decorrer do projeto, reuniões temáticas acontecerão no "Castelinho", em frente à Praça da Bandeira. O primeiro encontro acontece no dia nove de junho, às 14h, debatendo o  tema  "Educação". A segunda reunião dar-se-á no dia cinco de julho e o tema a ser debatido é "Cultura e Lazer". Já no dia quatro de agosto acontece a terceira reunião, cujo tema é "Estrutura Urbana". Na quarta reunião debate-se "Saúde", dia e vinte e quatro de agosto. A quinta reunião tem como tema "Desenvolvimento" e acontece no dia quatorze de setembro.

Segundo a direção do projeto, as reuniões “serão mediadas por dois professores da UFFS e terá a participação de representantes de organizações sociais e Poder Público, os quais dialogarão apresentando suas percepções e perspectivas em relação a cada uma das temáticas.” O produto destes debates fundamentará um conjunto de textos que em dezembro serão publicados em um livro que será disponibilizado para instituições participantes, escolas e demais entidades do município.