sábado, 3 de dezembro de 2011

Papai Noel que me aguarde!


Por Jéssica Pauletti (Ciências Naturais/ UFFS)

Aos queridos colegas e professores que se identificam com essa passagem...

Final do ano chegando...contagem regressiva para as férias, festas, casa da avó e família. Ótimo pensar assim! Mas antes de chegar tudo isso, tem o fim de semestre na universidade. Medo!! Parece que é um combinado das disciplinas, elas pensam assim “vamos sugar todas as energias desse povo”. E como sugam. Para completar, estamos em pleno verão, apesar de ser primavera, e esse sol caprichosamente aparece com força às seis horas da manhã e só me dá um tchauzinho às oito da noite. Portanto, passo a maior parte do tempo em sua companhia, assim, nas idas e vindas da universidade para casa, o sol faz questão de iluminar nossas cabeças.

Infelizmente esse sol maravilhoso, que em Janeiro talvez eu aproveite verdadeiramente, não me ilumina na hora da prova ou da apresentação de um seminário, o que ele provoca é uma tremenda dor de cabeça. Quando eu coloco a cabeça no travesseiro, não sei quem dói mais: minhas pernas de tanto caminhar ou minha cabeça de tanto ler, analisar, pensar. Já dizia a professora Neide em suas aulas de Didática: “pensar dói, dá fome, cansa”, e a cada dia me certifico mais disso.


É fato que esses mecanismos de fim de semestre parecem um complô contra a minha vida social, afinal, o que é vida social nesses tempos de fim de ano? Fico a me perguntar isso. Sair com os amigos, dançar, ver um filme, cantar... quem precisa dessas coisas? Eu preciso, você também. Mas calma, um dia isso acabará, só não me peçam que dia será esse. 

Fico, na companhia de meus amigos, a contar os dias que faltam para acabar o ano letivo, isso se traduz nas frases do Facebook todos os dias. Além, é claro, das conversas intermináveis com minha mãe, nas quais digo a ela que estou bem, mas, na verdade, queria dizer que quero ir pra casa, tomar banho no rio e comer muito chocolate sem me preocupar com o horário da aula, do projeto ou das intermináveis reuniões. 

Às vezes me sinto na época da escravidão, só que hoje, ao invés de ter correntes amaradas aos meus pés, tenho resenhas, fichamentos, projetos, listas de exercícios, roteiros de aula, agenda, entre outras coisas acopladas ao lado da minha cama. Ademais, na parede há um emaranhado de lembretes amarelos, afinal uma forcinha para facilitar é sempre bem-vinda. 

Mas, meus caros leitores, concordem ou não, do ponto de vista meu, não há época boa ou ruim na universidade, talvez possamos dizer que existem tempos mais ou menos puxados de estudo, tempos em que a companhia dos livros é a única em questão. Apesar disso, a universidade é um lugar que transforma as pessoas, alimenta sonhos, solidifica amizades, ultrapassa fronteiras. Nunca estou sozinha, sempre há um colega numa situação igual ou pior que a minha. O mais legal, então, é quando resolvem sofrer juntos, é trabalho em grupo que não acaba mais. 

Sentirei saudades de tudo isso e, antes mesmo da virada do ano, vou querer tudo de novo. Claro que nos próximos semestres a tendência é piorar, no entanto, quem sobrevive a esses tempos vai se acostumando e inventando mecanismos para não surtar definitivamente. 

O final de um ano representa uma passagem na qual existem pessoas que estão ficando para trás, disciplinas que já foram cursadas, ações que não foram tomadas, porém essa mesma época também significa conhecer novos lugares, novas pessoas, outras disciplinas a serem enfrentadas, volta para casa, planos... Prefiro ficar com a segunda parte do fim de ano. 

Não se preocupem com o que vocês não estão conseguindo fazer porque a universidade está lhes consumindo, lembre-se de aproveitar cada minuto possível, leia o máximo que puder, caminhe o quanto aguentar e saiba que a felicidade de viver não é uma conquista futura, mas sim um aprendizado diário.

Um ótimo ano novo e até o próximo desabafo.com

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