Luta contra à homofobia
Jéssica Vargas (Letras/Chapecó)
O cartaz de divulgação do evento. |
Aconteceu, na tarde do dia 21 de maio, o evento “Luta contra à homofobia”, na Universidade Federal da Fronteira Sul, em Chapecó. O evento foi promovido pelo Coletivo de docentes, estudantes e técnicos na luta contra a violência. Esta iniciativa da UFFS contou, também, com a presença de alunos das escolas públicas que participam do PIBID, projeto da Universidade de iniciação à docência. Houve a exibição do filme ''Minha vida em Cor de Rosa'', seguida de debate sobre o filme e o preconceito contra os homossexuais.
O acadêmico Daniel Santos, da 6° fase de Geografia, esteve presente no evento, e afirma que esta iniciativa da UFFS é muito importante, pois há necessidade de criar estes espaços de diálogo e discussão sobe os direitos desta comunidade: ''É um pontapé inicial, a gente espera que esse projeto aumente, e possa chegar em outros espaços na comunidade externa'', afrma Daniel Santos.
O filme ''Minha Vida em Cor de Rosa'' conta a história de uma criança que pensa ser uma menina presa em um corpo de menino. Segundo o estudante de Geografia, a escolha do filme foi coerente, pois consegue discutir muitos pontos importantes, como a questão da aceitação e de como a sociedade lida com isso. ''O filme é de 1997, mas a gente começa a perceber que esta é uma realidade presente, uma realidade cotidiana'', relembra o acadêmico.
O debate abordou teorias do ponto de vista histórico, cientifico, do senso comum e a necessidade de conscientização da homofobia. Para Daniel Santos, a conscientização da homofobia, deve começar pela educação: ''Todos os problemas sociais que nós temos, de alguma forma remete à educação. As escolas não sabem ainda incluir o homossexual... Quando a professora se depara com aquela criança, não sabe como incluir, como lidar com aquilo''.
Questões sobre como incluir o homossexual, evitar constrangimentos, agressões e bullyng contra os que não seguem o padrão social estabelecido, ainda estão ausentes do sistema educacional e da formação de professores. No plano político, o Ministério da Educação elaborou um projeto para distribuir material sobre os preconceitos contra opções sexuais, mas o projeto foi abortado, porque houve muita polêmica e recusa do público escolar.
Daniel Santos sintetiza assim as discussões do encontro: ''Esta comunidade não está nem lutando por direitos, direito é uma coisa que vai demorar pra ser alcançada, esta parcela social está lutando por respeito, respeito ao próximo nas suas diferenças''.