A UFFS PELO MUNDO
Acadêmicos do campus Erechim que estão fazendo intercâmbio no exterior contam ao Comunica como está sendo essa experiência
(Jéssica Amroginski – Engenharia Ambiental/ Erechim)
O programa
Ciência sem Fronteiras, iniciativa de diversos órgãos do governo federal, prevê a concessão de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, permitindo que alunos da graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.
Alunos de diferentes cursos da UFFS já foram contemplados com essas bolsas do programa federal e estão estudando no exterior. O Comunica entrou em contato com alguns desses estudantes, do campus Erechim, para que eles pudessem compartilhar um pouco mais sobre a experiência que estão tendo e como é a Universidade onde estão estudando. Eis os depoimentos de três deles:
Jhonatan Paulo Barro
Acadêmico do Curso de Agronomia da UFFS
Cidade em que está morando: Manhattan, estado do Kansas
Universidade atual: Kansas State University
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Imagem: Universidade de Kansas. Fonte: arquivo pessoal. |
A universidade possui uma estrutura espetacular. A biblioteca é enorme, possui salas para estudos, scanners e copiadoras a R$ 0,10, além de internet e inúmeros computadores. Os laboratórios, ainda não conheço muito, apenas o do curso de inglês: é ótimo, fornece computadores, fones, quadros interativos e uma estrutura moderna, com muito conforto. Os prédios tem uma arquitetura antiga mas são confortáveis e acessíveis. Enfim, é uma estrutura muito melhor das universidades que eu vi no Brasil. Quanto à moradia: eu estou morando com mais 7 brasileiros em um apartamento em um condomínio chamado “Jardines Apartaments”. É muito bonito, fica perto da academia (outra estrutura invejável da universidade a qual podemos usufruir de graça pois está inclusa em nosso plano aqui), do estádio de futebol, do ginásio do basquete, e fica dentro do campus. Os apartamentos são mobiliados e bem confortáveis. Quanto à alimentação, temos opções de 2 restaurantes aqui que possuem uma boa estrutura também. Dentro desses restaurantes temos opções de comida chinesa, italiana, fast food, mexicana e americana clássica (normal). Sem dúvida, essa experiência está sendo ótima. Já conheci muitas pessoas de países diferentes, estou fazendo cada vez mais novas amizades, conhecendo novas culturas, aprendendo coisas novas, no curso de inglês ou até mesmo na minha área de estudo (Agronomia), conversando com colegas de graduação na área e até mesmo com outras pessoas que estão aqui fazendo mestrado e doutorado. Com isso, estou muito animado para terminar bem esse intensivo de inglês para, no próximo semestre, continuar fazendo inglês e uma matéria da graduação de Agronomia. (Essa semana tivemos uma reunião onde esclareceram como vai ser no próximo semestre e, no meu caso, farei mais um semestre de inglês e uma matéria da graduação em Agronomia - faremos matrícula em novembro). Além disso, a cidade é muito bonita e tem praticamente tem tudo que precisamos - apesar de ser uma cidade pequena com cerca de 60 a 70 mil habitantes, incluindo alunos. As pessoas são muito amigáveis e estão sempre dispostas a ajudar.
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Imagem: o acadêmico Jhonatan em sua nova casa. Fonte: arquivo pessoal. |
Leonardo ChechiAcadêmico do Curso de Agronomia da UFFS
Cidade em que está morando: Normal, Estado: Illinois
Universidade atual: Illinois State University
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Imagem: Universidade de Illinois. Fonte: arquivo pessoal. |
A universidade tem cerca de 20 000 estudantes. A maior diferença em relação ao Brasil, na minha opinião, é a carga horária dos cursos. Aqui os cursos tem duração de 4 anos, com uma média 15 a 20 créditos por semestre. Existem diversos tipos de moradia; eu moro em um prédio (18 andares) com quartos para duas pessoas e banheiros coletivos. O restaurante da Universidade oferece variados tipos de comida. Outra diferença importante é em relação aos custos: mesmo sendo uma Universidade pública, ela tem que ser paga e os planos de alimentação e moradia não são nem um pouco baratos, assim como os custos para estudar.
Com o programa Ciência sem Fronteiras estou tendo uma grande oportunidade de conhecer uma cultura diferente e aperfeiçoar meu inglês. Acredito que isto seja muito importante não só para minha vida profissional, mas também para minha vida pessoal, pois já passei por muitas dificuldades aqui, uma vez que quando cheguei aqui não tinha muitos conhecimentos em Inglês. A maior dificuldade para mim é conviver longe da minha família, namorada e amigos. Espero que essa experiência me ajude a encarar com mais facilidade os desafios não só da minha profissão, como também na minha vida e se possível poder retribuir de alguma forma ao Brasil, uma vez que o país está arcando com os custos do programa.
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Imagem: o acadêmico Leonardo pela cidade nova. Fonte: arquivo pessoal. |
Andrei SignorAcadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFFS
Cidade em que está morando: Melbourne ( Capital do Estado da Victoria- Austrália)
Universidade atual: Deakin University
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Imagem: a Universidade de Melbourne. Fonte: arquivo pessoal. |
Por enquanto, estou estudando apenas Inglês, mas em março iniciam minhas aulas na faculdade de Arquitetura. As aulas em geral parecem ser parecidas com o Brasil. A diferença é que em geral os períodos são mais curtos e as turmas são menores (elas funcionam mais como orientação, e os alunos tem mais tempo para estudar em casa). A universidade nos oferece uma estrutura de excelente qualidade em relação aos ambientes de estudo e uso de tecnologias. Temos seguro saúde funcionando dentro da universidade também, e diversos espaços de convivência. Quanto à moradia, você pode escolher em dividir aluguel ou morar em casa de família; eu divido aluguel, porque além de garantir maior privacidade, é mais barato e divertido. Moro com pessoas da Índia e do Sri Lanka, isso é muito bacana do ponto de vista do aprendizado cultural e mesmo do idioma. A Universidade me ajudou com todo o processo de procura por moradia, inclusive ligando para os donos das casas, pesquisando preços e marcando horários de visitações.
A experiência está sendo única, tudo aqui é um aprendizado constante, desde o idioma, os estudos e a convivência com as pessoas. Melbourne é uma cidade linda, não me canso de admirá-la, em termos de arquitetura há muitas coisas para ver e aprender a todo o momento. Conhecer pessoas e fazer amizades também é fascinante, somos sempre convidados a conhecer novas culturas e aprender a conviver com hábitos diferenciados.
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Imagem: o acadêmico Andrei pela cidade nova. Fonte: arquivo pessoal. |
Para os interessados, o Comunica lembra que o
Ciência Sem Fronteiras está com novos editais abertos.